Turismo cresce na região Central de Minas

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A história de Ouro Preto é preferida entre os visitantes.

Os diversos circuitos turísticos existentes na região Central de Minas Gerais foram o destino final de milhares de turistas, em 2011, que viajaram pela região em busca de lazer (61,5%), para reverem amigos e parentes (15,2%) e para realizar negócios (11,4%). Esta é uma das conclusões da Pesquisa de Demanda 2011, realizada pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur). O estudo, que traçou o perfil do visitante, também apurou o interesse dos entrevistados pelos circuitos turísticos mineiros. O trabalho foi feito durante os meses de julho a novembro do ano passado, com a aplicação de 9.418 questionários para visitantes em 55 municípios, de todas as 10 regiões de planejamento do Estado.

A região Central possui 11 circuitos turísticos, dos quais os mais bem avaliados pelos turistas para uma próxima viagem são os circuitos do Ouro, Trilha dos Inconfidentes, Verde Trilha dos Bandeirantes e Serra do Cipó. Em relação à motivação da viagem, 69% dos visitantes a lazer no Circuito do Ouro afirmaram que foram estimulados pelas atrações culturais da região. Para os visitantes a lazer no Circuito Trilha dos Inconfidentes esse valor foi de 62%.

Já para o Circuito Verde Trilha dos Bandeirantes a maioria dos entrevistados em busca de lazer foi motivada pelo ecoturismo (94,5%) enquanto que para a Serra do Cipó, 15,6% dos visitantes a lazer foram motivados pelo turismo de natureza/aventura.

Quase a totalidade (88%) dos entrevistados afirmou que a viagem em Minas Gerais superou ou atendeu às expectativas, enquanto que esse valor era de 84,4% em 2010. O valor para a região central em 2011 também foi de 88%.

Economia

Os visitantes permaneceram, em média 5,4 dias nas viagens pelo Estado, com um valor de gasto médio por pessoa de R$ 538,56, superando em 62% os gastos de 2010 (R$ 332,21). Para a região central, os visitantes permaneceram em média 5 dias, gastando em média R$ 444,01 por pessoa durante a viagem em 2011.

Os turistas que mais gastam no Estado são aqueles que vêm a negócios. Este público registrou em média, o maior gasto individual durante a viagem com um valor de R$ 955,35 seguidos pelos visitantes motivados pelo turismo rural (R$ 516,16), bem-estar (R$ 460,66), natureza e aventura (R$ 460,66) e cultural (R$ 369,95).

Em relação aos destinos que despertam maior interesse dos visitantes para as próximas viagens foram apontados o Circuito do Ouro (34,8%), Circuito da Canastra (21,6%), Circuito das Águas (20,4%), Trilha dos Inconfidentes (20,3%), Diamantes (17,7%) e Serra do Cipó (17,1%).

Os entrevistados também foram questionados sobre qual a primeira imagem que eles lembram ao ouvir as palavras “Minas Gerais”. Em primeiro lugar a imagem mais lembrada foi das montanhas (10,8%), seguido da gastronomia (6,5%) e do pão de queijo (6,4%).

Segundo dados da RAIS, levantados pelo Ministério do Trabalho e Emprego e apurados pela Setur-MG, de 2006 a 2010 o número de estabelecimentos ligados à atividade turística subiu de 43.136 para 52.817, o que coloca o Estado em segundo lugar, atrás de São Paulo que no mesmo período evoluiu de 118.644 para 140.201, e à frente do Rio de Janeiro que, no mesmo período passou de 35.051 para 39.051 estabelecimentos. Já o país possuía em 2006 379.647 estabelecimentos e chegou em 2010 com 452.435. Estes dados demonstram a taxa de crescimento do número de estabelecimentos que integram a cadeia produtiva do Turismo em Minas (22%) cresceu mais do que a média nacional (19%).

O Estado também ocupa o segundo lugar, atrás de São Paulo, em relação ao número de empregados no setor e apresentou um crescimento do número de empregados ligeiramente superior a nacional (22%). Assim como São Paulo, em Minas o valor foi de 22%.

Já na região Central de Minas, excluindo a capital e a Região Metropolitana de Belo Horizonte, a taxa de crescimento do número de estabelecimentos correspondeu a 25,1%, com o número saltando de 4.909 estabelecimentos em 2006 para 6.140 em 2010. Em relação ao número de pessoas empregadas pelo setor, a taxa de crescimento foi a segunda maior do Estado, com 32,4% de aumento, atrás apenas da região Norte (32,5%). Em 2006, as atividades turísticas empregavam na região Central 28.303 pessoas, em 2010 este número chegou a 37.404 trabalhadores.

Perfil dos viajantes

De acordo com a origem dos entrevistados 62,1% eram visitantes do próprio Estado de Minas Gerais, seguido pelos visitantes do Estado de São Paulo (16,5%), Rio de Janeiro (7,7%), Bahia e Espírito Santo (ambos com 1,7%). Já os turistas internacionais foram responsáveis por 1,4% do fluxo no Estado.

Para a região Central, 72% dos entrevistados eram visitantes de Minas Gerais. Os visitantes de São Paulo ficaram em segundo lugar com 9,5%, Rio de Janeiro com 8,2% e os turistas internacionais com 2,5%.

Pouco mais da metade (52%) são homens e solteiros (47%), e a maioria tem entre 20 e 30 anos (33%). A escolaridade que predomina é do nível médio e a renda familiar média é entre R$ 1.020 e R$ 2.040. Preferiram viajar em veículo próprio (32,7%) e o avião aparece em segundo lugar, correspondendo a 27,1% da opção de transporte.

Os números da região Central foram semelhantes ao encontrado no Estado: 34,6% possuem entre 20 e 30 anos, sendo que 51,5% são homens e 49,3% são solteiros. 38,8% possuem escolaridade de nível médio e renda familiar média foi um pouco superior à média do Estado, ficando entre R$ 2.041 e R$ 3.570 (19,4%). 51% chegaram à região Central através de veículo próprio e 33% chegaram à região através de ônibus de turismo ou ônibus rodoviário.

Agência Minas

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