Unimontes é escolhida como uma das coordenadoras do Sisbiota

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Manoel de Freitas/Unimontes Bioma da Mata Seca

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) será coordenadora de umas das redes temáticas do Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota Brasil). Em nível nacional, foram aprovados 39 projetos, sendo somente três de Minas Gerais. Os trabalhos envolvem também as Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e de Pernambuco (UFPE) e visam, além do intercâmbio entre pesquisadores e alunos, o fomento da investigação científica e a oferta de um curso de aperfeiçoamento em nível de pós-graduação.

Sob o tema “Biodiversidade e Regeneração Natural em Florestas Tropicais Secas Brasileiras”, a rede de pesquisadores da Unimontes, UFMG e UFPE receberá recursos da ordem de R$ 988.660,92. O valor é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O referido edital tem como objetivo fomentar a pesquisa científica para ampliar o conhecimento, reforçando a compreensão sobre a biodiversidade brasileira, além de melhorar a capacidade preditiva de respostas às mudanças globais.

Conforme o cronograma, os trabalhos foram iniciados em dezembro de 2010 e serão estendidos até o final de 2013, com atividades de pesquisa, extensão e divulgação nas comunidades locais, palestras em escolas localizadas nas áreas de estudo e a produção e distribuição de cartilhas e manuais. No que se refere à Unimontes, o projeto tem o caráter multidisciplinar, ao reunir pesquisadores dos departamentos de Biologia Geral, Ciências Sociais e de Saúde Mental e Coletiva.

Reconhecimento

A escolha da Unimontes para coordenação da rede é um reconhecimento aos investimentos que são realizados pela instituição na investigação científica, em especial, ao seu trabalho desenvolvido na Rede Internacional Colaborativa de Pesquisas Tropi-Dry (do termo em inglês Tropical Dry Forests) no Brasil.

Criada em 2004, a Tropi-Dry conta com pesquisadores do Canadá, Estados Unidos, México, Costa Rica, Cuba, Venezuela e Brasil. O país é representado pela Unimontes e mais três universidades. Há quatro anos, a rede desenvolve o primeiro ciclo de estudos in loco nas Matas Secas do Norte de Minas, em Patos, município da Paraíba, e na região da Serra do Cipó, também em Minas Gerais, com previsão de término em junho de 2011.

A pesquisa reuniu dados importantes que revelam a necessidade de um acompanhamento mais profundo do processo de regeneração natural e um levantamento mais detalhado da biodiversidade nas Matas Secas brasileiras. Além da Unimontes, a rede Tropi-Dry conta com outras seis instituições de ensino superior: Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade de Alberta (Canadá) e Universidade Nacional Autônoma do México. Mais informações sobre a pesquisa da mata seca no site http://tropi-dry.eas.ualberta.ca.

Ampliação

“Os resultados do projeto com a rede Sisbiota reforçarão o que vem sendo feito pela rede Tropi-Dry”, analisa o professor do departamento de Biologia Geral da Unimontes, doutor Mário Marcos do Espírito Santo. Ele é o coordenador da rede de estudos Biodiversidade e Regeneração Natural em Florestas Tropicais Secas Brasileiras do Sisbiota. “O desenvolvimento das pesquisas paralelas aumentará sobremaneira o grau de conhecimento sobre o bioma da Mata Seca do Brasil, ainda pouco difundido no aspecto científico no Norte de Minas e no Nordeste do país”, acrescentou.

O professor Magno Borges, do departamento de Biologia Geral e que ministra a disciplina Parasitologia nos cursos de Ciências Biológicas da Unimontes, também integra o grupo de pesquisadores das redes Sisbiota e Tropi-Dry. Para ele, “a fauna e a flora norte-mineiras ainda são pouco documentadas, principalmente nas matas secas. Por isso, a importância destes recursos, que reforçam ainda mais a condição da Unimontes como referência para estes estudos na região e no país”.

Agência Minas

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