Ações para a Copa devem ter foco em direitos humanos, defende representante da ONU

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A alta-comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos de Direitos Humanos, Navanethem Pillay, pediu hoje (13) que as ações de infraestrutura e segurança pública voltadas para a realização da Copa do Mundo de 2014 sejam pensadas com foco nos direitos humanos.

“O foco internacional vai estar no Brasil”, disse, durante coletiva de imprensa. Ela se referiu às ações como “operação limpa rua” e lembrou que países-sede de campeonatos mundiais, às vezes, se preocupam apenas em preparar “um grande show para as câmeras”.

Para a alta-comissária, os investimentos feitos com foco na Copa do Mundo e mesmo nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro podem trazer benefícios duradouros para a população brasileira mais marginalizada.

O dinheiro, segundo ela, pode ser gasto, por exemplo, em centros esportivos ou culturais que aumentem as opções de crianças e jovens pobres. Outra sugestão da representante da ONU é que o governo brasileiro invista em sistemas de transporte público que facilitem o deslocamento de moradores de favelas até o trabalho, mesmo depois de o país sediar a Copa ou as Olimpíadas.

“É uma oportunidade para transformar um círculo vicioso em um círculo virtuoso. Pode custar um pouco mais, no entanto, em longo prazo, esse investimento poderia trazer dividendos imensos para o país como um todo”, afirmou.

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