Os eleitores do estado americano da Califórnia estão decidindo nesta terça-feira (2) em um referendo se querem legalizar totalmente o cultivo, comércio e consumo da maconha no estado. Mas pesquisas mostram que a proposta deve ser derrubada.
Em um estado onde o cultivo e a venda de cannabis com fins medicinais é legal desde 1996, a Proposta 19 permitirá aos californianos maiores de 21 anos possuir até uma onça (28,35 gramas) de maconha e cultivar uma superfície máxima de 2,34 metros quadrados da planta.
O cultivo em grande escala e a comercialização da maconha – e a carga tributária – também seriam aprovadas, mas a aplicação ficaria a cargo das cidades e condados.
Este último dispositivo transformaria a Califórnia na “jurisdição política de vanguarda em termos de legislação da maconha”, à frente da Holanda, afirmou à AFP Ethan Nadelmann, diretor da Drug Policy Alliance, uma associação que milita pela descriminalização das drogas.
A “Prop 19”, como é conhecida, tem o apoio de políticos, sindicatos e associações de defesa dos direitos civis, além de empresários, incluindo o bilionário George Soros, que na terça-feira da semana passada doou US$ 1 milhão à campanha a favor da legalização.
Em uma carta aberta, o filantropo repetiu os principais argumentos dos defensores da lei, ao destacar que “regulamentar e aplicar impostos sobre a maconha pode economizar as contribuições de milhões de dólares destinados às forças de segurança e às caras incinerações da droga, e por sua vez representar milhões de dólares a cada ano ao erário público”.
“A lei não vai trazer imediatamente bilhões de dólares em recuros e não acabará de vez com os cartéis mexicanos da droga, mas seria um grande passo nesta direção”, disse Nadelmann.
Mas, apesar do apoio, uma pesquisa recente apontou a vitória do “não” (49% contra 44%), após meses de liderança do “sim” nas sondagens.
Os opositores ao projeto de lei são numerosos, tanto a nível local como internacional.
Na Califórnia, os principais candidatos aos cargos de governador, senador ou secretário de Justiça são contrários à legalização do consumo e cultivo de maconha.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, já advertiu que pretende considerar todas as opções jurídicas e políticas para contra-atacar os efeitos no caso de aprovação do texto.
Muitas vozes também se manifestaram contra o projeto além das fronteiras da Califórnia.
Na terça-feira, autoridades de dez países da América Latina manifestaram em uma reunião na Colômbia preocupação com a lei, ao apontar que os Estados Unidos não podem ao mesmo tempo “promover a criminalização de tais atividades em outros países e permitir a legalização da produção de drogas, aberta ou veladamente, em seu território”.
De acordo com estatísticas federais, quase 7% dos 37 milhões de californianos fumam maconha pelo menos uma vez por mês.
As informações são da Rede Globo
tanta critica sem informação. nao me conformo como presidente de um pais onde o poder esta nas maos de narcotrafiscantes se sente no mais puro direito de recriminar a legalizaçao da maconha.
imprecionante tbm como alcool pode ser legalizado, sendo que traz infinitamente mais prejuizo a vida da populaçao.
Um outro argumento que eu acredito ser valido e o caso dos eua, quando foi proibido a comercializaçao do alcool o que aconteceu? surgiu o trafico de alcool. quando liberaram? empresas trazendo imenso lucro ao pais.
A população da Califórnia que foram às urnas para votarem no referendo em questão da liberação da maconha naquele país, estão de parabéns, por dizerem não à esse produto que tanto mal tem causado por onde quer que passe.