Colômbia deve mudar maneira de negociar com as Farc

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Depois de acusar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de descumprir um acordo com o governo, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou ontem (14) que vai mudar a maneira de negociar com os guerrilheiros. Segundo ele, o objetivo é buscar a libertação dos reféns, assegurando mais garantias. A reação de Santos ocorre no momento que seria realizada a última etapa das ações de resgate de cinco reféns – apenas três foram libertados.

As informações são da Presidência da República da Colômbia. “Neste momento, estamos avaliando a situação para continuar o processo de libertações. Estamos, inclusive, analisando a hipótese de fazer [os resgates] por terra”, disse o presidente, referindo-se ao fato de que os últimos resgates ocorreram na selva colombiana, com a ajuda de helicópteros do Exército do Brasil.

Santos afirmou que é necessário redobrar os cuidados para evitar incidentes. “Mas nós não vamos improvisar. Para tomar uma decisão é preciso ter certeza e segurança sobre os locais para a libertação [dos reféns]”, disse ele.

O presidente elogiou a “boa vontade” do governo do Brasil, que colabora com o fornecimento de uma equipe de resgate, formada por 22 militares e dois helicópteros, além do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e de organizações não governamentais. Ele lamentou o que ocorreu anteontem (13), quando disse que houve informações desencontradas fornecidas pelas Farc para o resgate de um policial e um militar reféns da guerrilha.

“Descumpriram o acordo ao fornecer as coordenadas que nos foram entregues no último minuto, com isso já não era possível fazer os resgates em lugares que estavam fora do plano acordado [anteriormente]”, disse Santos. “Algo que o governo e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha não puderam aceitar. Cumprir a palavra é a base de qualquer progresso.”

Na semana passada, um acordo entre integrantes do governo e das Farc permitiu o resgate de três reféns, em duas etapas distintas – uma na quarta-feira (9) e outra na sexta-feira (11). No entanto, a última etapa, prevista para domingo (13), não ocorreu.

Agência Brasil

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