COP-20 sobre mudanças climáticas é “crucial para o mundo”, diz ministro peruano

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04510906A 20ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP-20), que começou em Lima nesta segunda-feira (1º), será “histórica para o Peru e crucial para o mundo”, disse o presidente da conferência e ministro peruano do Meio Ambiente, Manuel Pulgar Vidal.

A conferência, da qual participam mais de 10 mil delegados de 195 países, foi aberta pelo presidente da COP-19, o polonês Marcin Korolec, que transmitiu o cargo ao ministro peruano.

Autoridades de todo o mundo vão tentar chegar a um consenso de objetivos e compromissos sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa, para combater as alterações climáticas e os fenômenos meteorológicos extremos.

“Queremos que esta seja a COP que coloque bases sólidas para o novo acordo climático global. Queremos que todos os países, sem exceção, cheguem a um acordo no relatório para demonstrar o nosso compromisso com a redução das emissões”, disse Vidal na abertura do evento.

A COP-20 ocorre até 12 de dezembro, com o objetivo de preparar um novo acordo global que deverá ser assinado na Conferência de Paris, marcada para dezembro de 2015, que vai substituir o Protocolo de Quioto a partir de 2020.

Vidal frisou que o desafio desta COP-20 consiste em “receber todos os bons sinais e mensagens” enviados pelos países para garantir um consenso. “Não vamos deixar que se percam. Construamos regras e acordos que aumentem a confiança entre nós e a opinião pública. O mundo não espera que fracassemos”.

No entanto, “nenhum dos resultados” pretendidos “está garantido”, e o Peru vai intervir “com o objetivo de promover avanços, atuando com flexibilidade e facilitando convergências e compromissos”, assegurou o ministro.

Da cerimônia inaugural também participaram a secretária executiva da COP, Christiana Figueres, e o Nobel da Paz em 2007, o cientista indiano Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Christiana destacou que se devem traçar “linhas de ação cruciais”, como um esboço sobre um novo acordo climático e a forma como os países deverão comunicar os seus compromissos sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O presidente do IPCC ressaltou, por sua vez, que para impedir um aumento da temperatura global em mais de 2 graus Celsius, as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas entre 40% e 70% em 2050, e eliminadas na sua quase totalidade em 2100. “Quanto mais nos atrasarmos, mais difícil e caro será enfrentar o objetivo dos dois graus”, disse Rajendra Pachauri.

Em Lima, espera-se que os recentes compromissos da União Europeia (UE), da China e dos Estados Unidos para reduzir as suas emissões de gás forneçam um impulso político às negociações e tenham um efeito positivo no restante dos países.

Agência Brasil.

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