Khadafi perdeu sua legitimidade e ações internacionais são eficientes

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que o presidente da Líbia, Muammar Khadafi, perdeu legitimidade após ter usado armamentos pesados para combater civis do seu país. No entanto, ele defendeu que o povo líbio decida o destino de Khadafi. Ban Ki-moon negou que a intervenção internacional na Líbia tenha o objetivo principal de retirar o presidente do poder.

Pelo sétimo dia , as forças de coalizão (lideradas pelos Estados Unidos, pela França e pela Grã-Bretanha) atacam a Líbia. Para Ban Ki-moon, as ações militares que visam à imposição de uma zona aérea de exclusão no país são eficientes.

“Eu acho que [a resolução] provou ser muito efetiva. Ela impediu novas agressões pelas autoridades líbias e foi capaz de proteger os civis em Benghazi e em algumas outras áreas. Mas temos que ver. Eu acredito que a superioridade do poder militar vai prevalecer”, afirmou.

Em seguida, o secretário-geral da ONU criticou a forma como Khadafi vem agindo desde o início da crise na Líbia com os protestos para reivindicar mudanças políticas. “O coronel Khadafi, ao matar seu próprio povo indiscriminadamente, perdeu a sua legitimidade”, disse. “Se ele deve sair ou ser substituído por outras pessoas, isso deve ser decidido e determinado pelo povo líbio.”

Segundo Ban Ki-moon, o uso desmedido da força por parte das tropas de Khadafi levou a ONU a intervir na Líbia. “O coronel Khadafi tem usado todos os meios militares para matar o seu próprio povo, usando aviões, artilharia pesada e tanques”, disse.

O secretário-geral negou que a retirada de Khadafi do poder seja o principal motivo da intervenção militar internacional. “O objetivo principal é proteger a população civil. [A intervenção] não está visando a mudar o regime ou atingir o coronel Khadafi ou outra pessoa específica.”

Para Ban Ki-moon, a ação internacional na Líbia pode criar um ambiente político que leve a uma discussão sobre mudanças no regime político no país. “Ao realizar ações militares [na Líbia], isso pode criar uma certa atmosfera política, em que o povo líbio pode discutir seu próprio futuro, incluindo seu líder.”

 

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