Líbia acusa Otan e pede à Rússia que convoque Conselho de Segurança

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O governo da Líbia pediu nesta terça-feira (26) à Rússia que convoque uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para examinar o que chamaram de “tentativa de tomar como alvo” o coronel Muammar Kadhafi e o bombardeio de “instalações civis” na Líbia, informou a rede de televisão estatal líbia.

“A Líbia fez a solicitação à Rússia, oficialmente, ante a persistente agressão colonialista dos cruzados contra instalações civis líbias, e a tentativa de tomar como alvo o líder Muammar Kadhafi”, informou a televisão.

Rebeldes treinam novos recrutas nesta terça-feira (26) na cidade líbia de Misrata.

Os bombardeios realizados sob o patrocínio da Otan são “contrários às resoluções do Conselho (de Segurança da ONU 1970 e 1973) e violam as leis e convenções internacionais”, acrescentou a mesma fonte.

O regime líbio considerou que o ataque que destruiu o gabinete doditador Kadhafi no domingo à noite foi uma “tentativa de assassinato”.

No entanto, a Otan desmentiu na terça-feira que Kadhafi tivesse sido o alvo dos bombardeios de domingo.

A Rússia, que tem direito a veto no Conselho de Segurança da ONU, multiplicou nas últimas semanas as críticas à coalizão internacional, julgando que sua intervenção excede o mandato das Nações Unidas.

União Africana

O governo líbio também solicitou a convocação, o quanto antes, de uma reunião de cúpula extraordinária da União Africana (UA) para “mobilizar” o continente e “enfrentar a agressão exterior” na Líbia, informou uma fonte oficial.

“Minha delegação propôs a celebração o quanto antes de uma sessão extraordinária da Assembleia da União Africana (…)”, declarou em Adis Abeba o ministro líbio das Relações Exteriores, Abdelati Obeidi.

Uma delegação de rebeldes do Conselho Nacional da Transição (CNT) também está presente na capital etíope.

 

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