Líderes africanos chegam à Costa do Marfim para tentar convencer presidente a deixar poder

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Líderes políticos de Serra Leoa, Benin e Cabo Verde (África Ocidental) chegaram hoje (28) à Costa do Marfim para tentar convencer o presidente do país, Laurent Gbagbo, a deixar o cargo. Gbagbo se recusa a entregar o poder a Alassane Outarra, candidato da oposição que venceu as eleições gerais de 28 de novembro.

Os líderes participarão dos diálogos na tentativa de encerrar a crise política na Costa do Marfim. A negociação é apontada como última tentativa da comunidade internacional de negociar a crise antes de uma intervenção militar. Os esforços são para que Gbagbo deixe o poder sem ser submetido a humilhações, segundo as autoridades africanas.

Antes da chegada dos líderes africanos, houve outras tentativas de negociações que fracassaram. O objetivo desta missão é convencer Gbagbo a deixar o cargo e evitar uma intervenção internacional na Costa do Marfim. Correligionários do presidente afirmam que os líderes africanos serão recebidos respeitosamente, mas insistem que Gbagbo não deixará o poder.

A vitória de Ouattara foi anulada pela Corte Constitucional, chefiada por um aliado de Gbagbo, sob a alegação de que os resultados da eleição foram fraudados no Norte do país. Uma greve convocada por Ouattara ontem (27) provocou a paralisação de ônibus na capital, Abidjan. O clima de tensão ainda é presente no país em meio à expectativa de uma intervenção militar.

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que 173 pessoas morreram em decorrência dos conflitos ligados à disputa eleitoral. Também há registros de casos de tortura. Ouattara e correligionários estão em um resort na capital, protegidos por cerca de 800 integrantes das forças de paz da ONU.

Agência Brasil

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