Nobel mostra violação de direitos na China, diz Anistia Internacional

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A organização humanitária Anistia Internacional (AI) expressou sua confiança em que o Prêmio Nobel da Paz outorgado ao dissidente chinês Liu Xiaobo sirva para mostrar “a violação dos direitos humanos na China”. A organização pró direitos humanos aproveitou a ocasião para pedir às autoridades chinesas que libertem todos os prisioneiros políticos do país.
O Instituto Nobel comunicou que Liu receberá o prêmio “por seu longo trabalho não violento a favor dos Direitos Humanos na China”. “Liu foi um grande porta-voz a favor da aplicação dos direitos humanos fundamentais na China”, acrescentou a instituição, lembrando sua participação no protesto democrático da Praça da Paz Celestial de 1989.
Liu também participou na elaboração de diversas declarações públicas de artistas e ativistas a favor dos direitos humanos na China, algo que lhe valeu 11 anos de prisão e dois mais de privação de direitos civis, uma pena que ainda está cumprindo.
A subdiretora da AI para a Ásia Pacífico, Catherine Barber, afirmou através de um comunicado que “Liu Xiaobo é um merecedor ganhador do Prêmio Nobel da Paz e expressou sua confiança em que este prêmio sirva para divulgar a luta pelas liberdades fundamentais e pela proteção dos direitos humanos, aos quais Liu e outros ativistas chineses dedicaram suas vidas”.
“Este prêmio só servirá para alguma coisa se provocar uma maior pressão internacional na China para libertar Liu e os outros presos de consciência que estão encerrados nas prisões chinesas por exercer seu direito à liberdade de expressão”, sustentou Catherine.
Nascido em Changchun (Jilin) em 28 de dezembro de 1955, Liu é um dos autores do manifesto “Carta 08”, assinado por outros 303 intelectuais e artistas de seu país em 2008, e que um ano depois lhe rendeu uma condenação de 11 anos atrás das grades.
No documento, os ainda hoje acossados signatários pediam ao Governo da segunda potência econômica que aplicasse direitos recolhidos na Constituição chinesa, como a liberdade de imprensa e de expressão, o multipartidarismo e a proteção do meio ambiente.

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