Obama faz discurso contra concorrência chinesa no comércio exterior

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu ontem (24) a adoção de mais medidas para proteger o país do que chamou de concorrência desleal no comércio exterior. As medidas visam principalmente a reagir ao crescimento chinês no comércio internacional. Segundo ele, não haverá tolerância para os que descumprirem as regras internacionais. “Não serei tolerante quando os nossos concorrentes não cumprirem as regras”, disse ele.

A iniciativa de Obama ocorre um dia depois de a Casa Branca anunciar que no próximo dia 15 o vice-presidente chinês Xi Jinping – apontando como o sucessor do atual presidente da China, Hu Jintao – visitará o país.

Em seguida, Obama acrescentou que “não é certo quando outro país permite que sejam pirateados filmes, músicas e software e não é justo quando os fabricantes estrangeiros têm vantagem” sobre os produtos norte-americanos “só porque recebem grandes subsídios”.

O presidente norte-americano disse ainda que vai aumentar o número de inspeções para impedir a entrada de bens falsificados e prejudiciais à saúde. Obama ressaltou também que durante seu governo apresentou queixas sobre assuntos comerciais contra a China.

“Esse Congresso deve garantir que nenhuma empresa estrangeira tenha vantagem sobre os fabricantes norte-americanos quando se trata de obter financiamentos a novos mercados, como a Rússia”, apelou ele, ao lembrar que o governo norte-americano suspeita que a China mantenha a cotação do yuan (moeda chinesa) em um nível artificialmente baixo, beneficiando exportações chinesas.

Obama anunciou ainda a intenção de reforçar a exploração offshore de gás e petróleo, assim como as energias verdes e ampliar as investigações a práticas financeiras fraudulentas que levaram à crise.

Ele destacou também a importância da Educação, desenvolvimento tecnológico e emprego qualificado, segurança energética, condições para o sucesso futuro dos Estados Unidos.

Em relação à política internacional, Obama disse que a “América está de volta” e rejeitou o “declínio” de influência. Nos próximos dias, ele fará um percorrerá o país para promover os pilares do seu discurso do Estado da União, passando pelas regiões de Iowa e Arizona, além de Las Vegas, Denver e Ann Arbor.

Agência Brasil

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