Redação do Jornal das Montanhas. Por Maressa Alves
Aconteceu nesta semana, o julgamento de Josef Fritzl, o austríaco que manteve a filha presa no porão de casa durante 24 anos e teve sete filhos com ela.
Fritzl foi condenado por seis crimes. O mais grave: homicídio. Deixou morrer no porão um filho recém – nascido, que ele viu agonizar durante horas.
No último dia de julgamento, Elisabeth, a maior vítima dos horrores, esteve no tribunal, ela foi vista pelo pai, que, naquele momento resolveu confessar tudo.
A sentença do criminoso foi anunciada a portas fechadas, Fritzl teve como sentença a prisão perpétua.
Em um primeiro momento ele será levado para um centro de detenção em Viena. Depois de alguns dias, vai para uma prisão especial, para criminosos com distúrbios psicológicos.
Na quinta – feira, já preso, Fritzl disse estar arrependido. Pediu perdão do fundo do coração, mas não espera o perdão de ninguém, também pediu que sua esposa Rosemarie mãe de Elisabeth pudesse visitá-lo na prisão, mas não se sabe a decisão dela e nem se as autoridades passaram o recado para ela.
Fritzl aceitou o veredito e abriu mão do direito de recorrer. Seu advogado de defesa Rudolf Mayer considerou a sentença muito justa.
Algumas pessoas temem que Josef se suicida na prisão, mas parece que já foi feito algumas avaliações e os especialistas que atendem Josef Fritzl como medidas para prevenir atos indesejados detectaram “um certo alívio” no condenado e ele conta com ajuda de psicólogos
Neste primeiro momento eles vão manter uma vigilância para evitar maiores transtorno, mas já nota-se no comportamento de Fritzl um certo alivio depois da condenação disse à imprensa Erich Huber-Günsthofer, responsável da prisão de Sankt Pölten na qual está internado.
Fritzl, de 73 anos, passará, a princípio, toda a vida na prisão. Primeiro, em uma instituição para criminosos com problemas mentais, onde será submetido a tratamento, e, se evoluir favoravelmente, em uma penitenciária comum.
Condicional
Mas segundo algumas notícias do tribunal, disse que Fritzl pode ter direito a liberdade condicional daqui a 15 anos, quando terá 88 anos de idade.
Para tanto precisa de satisfazer algumas exigências
Terá que ser aprovado por psiquiatras. Ele será submetido a avaliações todo ano a partir de agora para saber se continua oferecendo risco às demais pessoas.
Se for considerado que sim, ele será transferido a uma prisão comum, onde cumpriria o resto da pena.
Por enquanto, Fritzl permanecerá na penitenciária de Sankt Pölten, até sua transferência para um centro carcerário de Viena, onde será submetido a vários exames de tratamento mental.
Nesta prisão perpétua, também começará tratamentos, porque a lei penal austríaca é pensada para que os criminosos, incluindo aqueles com problemas psiquiátricos, possam ser levados aonde a sociedade quer por meio de tratamentos, segundo o tenente-coronel Erich Huber-Günsthofer, da prisão de Sankt Pölten.
Ele acrescentou que Fritzl se encontra atualmente nesse centro em uma cela junto com outro preso, cuja identidade não foi revelada. A direção do centro e os psicólogos não consideram que, por enquanto, seja necessário colocá-lo em uma cela individual.
Salientou também que, durante os últimos 11 meses na prisão, não houve “nenhuma ameaça nem agressões físicas” contra Fritzl.