Senado argentino vota contra legalização de aborto

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O debate de votação durou 16 horas. Foram 38 votos contra, 31 à favor e uma abstenção

O Senado da Argentina votou contra o pedido de legalização do aborto, na madrugada desta quinta-feira (9/08). A proposta havia sido aprovada pela câmara e assegurava que mulheres poderiam interromper a gravidez nas primeiras 14 semanas de gestação. Além disso, o projeto obrigava o Estado a cobrir o custo de procedimento, e poderia ser feito em qualquer hospital ou clínica.

A interrupção proposital da gravidez é crime na Argentina, desde 1921. Desde que não seja em situações de estupro ou que ofereçam riscos à vida de mães. Uma vez que o pedido de legalização não foi aprovado, as mulheres que praticarem aborto continuam sendo penalizadas em até quatro anos de prisão para a mulher e para o médico.

Caso algum parlamentar queira colocar novamente um projeto sobre aborto no plenário, ele deve aguardar até março do próximo ano.

O ministro da Saúde da Argentina, Adolfo Rubinstein, pediu que “colocassem fim a essas mortes evitáveis, votando a favor de uma lei que garantia às mulheres um aborto seguro”. O ministro da Ciência, Lino Barañao também é favorável à legalização.

Aqui no Brasil, o Supremo Tribunal Federal realizou, no primeiro final de semana de agosto, um debate sobre a descriminalização do aborto. Mais de 60 pessoas colocaram em pauta pesquisas, experiências pessoais, opiniões e dados para debater a ação apresentada pelo Partido Socialista, que pede que o aborto não seja considerado crime quando feito até a décima segunda semana de gravidez.

Reportagem Sara Rodrigues

 

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