Tanques seguem para o Centro da Síria, segundo testemunhas

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Testemunhas na Síria afirmaram hoje (10) que tanques estão a caminho da cidade de Hama, na região central do país. O local é um dos palcos de protestos contra o governo nas últimas semanas. Ativistas informaram que algumas pessoas foram presas nas cidades de Homs, na Região Central do país, e Baniyas, no litoral.

A Organização das Nações Unidas reclamou que não consegue enviar ajuda humanitária à cidade de Deraa, onde manifestantes enfrentam as forças policiais. Isolados há semanas, os moradores da cidade se queixam da violência cometida pelas forças ligadas ao governo.

No centro da capital, Damasco, cerca de 100 jovens cantaram ontem (9) à noite músicas, como forma de protesto pacífico, na Praça Arnous. Os manifestantes pediram ao Exército sírio que pare de disparar contra o povo e encerre o isolamento de Deraa.

Um vídeo amador, colocado na internet, mostra homens das forças de segurança síria à paisana se infiltrando no protesto e prendendo vários manifestantes. Outro vídeo, também exposto na internet, mostra vários tanques se encaminhando para Hama, que, nos últimos dias, tem sido palco de novos protestos. Alguns sírios temem que a cidade se torne um novo foco de tensão, a exemplo do que aconteceu em Homs, Baniyas e Deraa. Anteontem (8) houve relatos de tiroteios, prisões e mortes em Homs, incluindo a de um menino de 12 anos.

A Síria não tem permitido a entrada de jornalistas estrangeiros no país, o que torna mais difícil a verificação independente das informações. De acordo com relatos, as autoridades sírias têm usado a tática de isolar e intimidar cidadãos nas áreas onde ocorrem as manifestações contra o governo.

Inspirados pela onda de protestos em favor da democracia no Oriente Médio, os protestos contra o governo na Síria representam um desafio ao presidente Bashar Al Assad, desde que assumiu o poder em 2000, após a morte do pai Hafez Al Assad. Ontem (9) a União Europeia anunciou que vai impor um embargo à venda de armas à Síria em resposta à forte repressão governamental aos protestos no país.

 

Agência Brasil

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