Carreira impecável
O subtenente Mendes entrou no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) no ano de 1992, com 21 anos. Em 2001, ele atendeu uma das ocorrências que marcaria sua carreira e também história da cidade de Belo Horizonte, o incêndio no Canecão Mineiro que matou 7 pessoas, deixando 197 feridas.
Em outra ocorrência, o militar precisou mergulhar no Rio Arrudas para resgatar uma vítima e teve pé preso por um arame farpado, o que quase causou sua morte.
O subtenente guarda na memória lembranças de histórias tristes e felizes pelas quais passou, além da sensação do dever cumprido por ter feito tudo o que estava ao seu alcance e um pouco mais. Mesmo fora do horário de serviço, prestou os primeiros socorros a um desconhecido de bicicleta que foi atropelado por um carro na porta da casa dele. O militar ficou com o homem até o atendimento chegar, e quando soube que o homem não resistira, consternado pela situação, resolveu visitar os pais do rapaz, a fim de oferecer algum conforto à família.
Depois de 30 anos de serviço, ele está indo para a reserva e deixa para trás um histórico exemplar. Ganhou várias medalhas, dentre elas a Dom Pedro II, Medalha da Ordem do Mérito, concedida para homenagear militares que contribuíram para o crescimento e fortalecimento da corporação.
Inspiração
O soldado Lucas Mendes, filho do subtenente Mendes, entrou para o Bombeiro em 2014, com 22 anos. Ele atua no 2º Batalhão e iniciou a carreira trabalhando ao lado do pai. “Sem dúvida, o exemplo do meu pai foi definitivo para que eu quisesse entrar na corporação. Ele me levava para o quartel quando eu era criança e eu sempre admirava os caminhões, as fardas. Ele me ensinou que salvar as pessoas e trabalhar em prol da segurança delas era uma honra da qual deveríamos sempre fazer jus. ”
Também foi dele a ideia de trabalhar na mesma guarnição que o pai em seu último plantão. Assim, com o apoio dos comandantes das respectivas unidades, amanhã, quarta-feira (29), o subtenente além de trabalhar ao lado do filho no 3º BBM, também receberá a visita de alguns familiares na saída de serviço.
Passado, presente e futuro se misturam, se completam em histórias reais e humanas que fazem parte da memória dos homens e mulheres que integram a corporação. E nada melhor que encerrar o ano contando histórias de valor, de esperança para inspirar novos sonhos e novas histórias.
Sugestão: Convidamos os amigos da imprensa a contar essa história com a gente e levar essa mensagem do bem para inspirar outras famílias.