Grupo tranca entrada de quartel em protesto contra parcelamentos no RS

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boneco_bmEstado anunciou que salário dos servidores será pago em três parcelas.
Funcionalismo público promete parar atividades hoje segunda-feira (3).

Esta é a consequência doa assaltos aos cofres públicos feitas pelos políticos que não cuidaram do país como deveriam, hoje foi preso novamente um dos políticos mais importante do PT, José Dirceu, que já está na carceragem da PF em São Paulo e deverá ser encaminhado para Curitiba.

O anúncio do parcelamento dos salários dos servidores públicos estaduais gerou protestos neste sábado (1) pelo Rio Grande do Sul. Pneus foram queimados em rodovias e faixas e cartazes foram espalhados, anunciando a paralisação das atividades de alguns setores na próxima segunda-feira (1). Os atos são uma resposta à medida adotada pelo governo estadual na tentativa de equilibrar as finanças

O pagamento da folha de julho do funcionalismo gaúcho será feito em três parcelas. Na sexta (31), último dia útil do mês, os servidores receberam a primeira, de no máximo R$ 2.150,00. Outra parcela, de R$ 1 mil, deve ser depositada até o dia 13 de agosto. Para os funcionários que recebem salário superior a R$ 3.150,00, o restante será pago até 25 de agosto.

Em Caxias do Sul, na serra gaúcha, um grupo de familiares de servidores da Brigada Militar protestou durante a tarde. Com cartazes e faixas, eles bloquearam o portão de acesso ao 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Com isso, os PMs foram impedidos de sair do quartel para fazer o patrulhamento da cidade.

A ação também colocou em risco a realização do jogo do Juventude contra o Brasil de Pelotas, pela série C. Por volta das 18h15, os manifestantes concordaram em liberar a passagem.

Porém, por causa do atraso na chegada da Brigada Militar, os torcedores só começaram a entrar no estádio Alfredo Jaconi faltando poucos minutos para o início da partida. Sem a presença dos PMS, houve tumulto entre os torcedores. Com a chegada da Brigada Militar, a situação foi contornada.

Em outras cidades do estado também houve protestos. Em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste com o Uruguai, pneus foram queimados embaixo de um viaduto. Um boneco vestido com uniforme do Corpo de Bombeiros foi pendurado no local.

Em Rio Grande, boneco com farda policial foi pendurado em viaduto (Foto: Ecosul/Divulgação)

Na Região Central, em Santiago, também houve queima de pneus na BR-287 e um boneco com a farda da Brigada Militar e uma corda no pescoço foi deixado na rodovia. Protesto parecido aconteceu na BR-392, no trevo de acesso a Rio Grande, no Sul. Um boneco com a farda da Brigada Militar foi pendurado e uma faixa também foi colocada com a frase: “Sartori, sem efetivo e sem salário eu não trabalho”. O boneco foi retirado na manhã deste sábado (1) pela Ecosul, concessionária que administra a rodovia.

Na BR-386, em Carazinho, na Região Norte, também foram usados faixas e cartazes com mensagens de protesto. Pneus foram queimados no acostamento da rodovia e bonecos com uniformes da Brigada Militar e Polícia Civil foram pendurados.

 

santiago
 Faixa foi pendurada, e pneus foram queimados em estrada de Santiago (Foto: Vanessa Backes/RBS TV) Paralisações programadas para segunda

Além da dos servidores da segurança pública, funcionários de outros setores, programaram uma paralisação das atividades para segunda-feira (3). Saiba aqui o que pode ser afetado no estado com os protestos.

A Federação Sindical dos Servidores, que representa 40 categorias, diz que o estado vai parar a partir da semana que vem. “As categorias estão mobilizadas e farão uma paralisação histórica no estado na próxima segunda-feira e uma assembleia no dia 18 para decidir por um greve ou não”, explica o vice-presidente da Fessergs Flávio Berneira Júnior

A categoria está descontente com o parcelamento do salário de julho dos servidores estaduais. A medida foi anunciada na sexta-feira (31) de forma oficial pela Secretaria da Fazenda, mas já havia sido confirmada pelo vice-governador José Paulo Cairoli um dia antes. O motivo da decisão, conforme o governo, é a crise financeira do estado, que se agrava com as quedas no orçamento nos últimos meses. A última vez que os servidores tiveram os salários parcelados foi em 2007, durante o governo de Yeda Crusius.

Ao explicar os motivos que levaram o governo a parcelar os salários, o secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, afirmou que a crise financeira pode se agravar ainda mais. Na tentativa de engordar os cofres públicos o governo estuda outras medidas amargas. Feltes admite que deverá propor o aumento do ICMS no estado de 17%  para 18%.

“Quem sabe, tendo uma carga tributária elevada, uma receita por volta de aproximadamente R$ 2 bilhões de reais ao ano. Ainda assim, um terço do nosso déficit anual previsto para 2016”, analisa.

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