Jornalistas de Ponte Nova denunciam abusos policiais

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Oficiais

Policiais militares são acusados de perseguições e abuso de autoridade.

Supostas perseguições e abuso de autoridade por parte de policiais militares contra jornalistas de Ponte Nova (Zona da Mata) foram denunciadas em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada no município nesta quarta-feira (30/4/14). A reunião, que ouviu também membros das Polícias Civil e Militar e do Poder Judiciário, aconteceu a requerimento do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT).

Um dos denunciantes, o jornalista da Rádio Montanhesa Ediney Moura Cardoso, afirmou que sofre pressão há muitos anos por ter um programa que cobre as ações policiais e judiciárias na cidade. Ele afirmou que foi preso por supostas infrações de trânsito e desacato a servidores públicos e que seu filho foi preso injustamente por tráfico de drogas. “As ações demonstram que há perseguição pelas matérias com denúncias que não agradam a Polícia Militar (PM)”, afirmou. O jornalista destacou, ainda, que, no ato de prisão, houve invasão da rádio em que trabalha, e que ao invés de ter sido levado para a delegacia, foi para o para quartel da polícia.

direiros-humanosO editor-geral do jornal Líder Notícias, Geraldo Jannus, disse que sofreu retaliações da PM pela cobertura do episódio envolvendo a prisão do colega jornalista. “Dias depois da publicação dessa notícia no meu jornal, me ligaram contando que meu funcionário Gérson Freitas estava sendo atacado por policiais militares. Fui até a companhia da PM e também sofri ameaças de prisão pelo comandante, em ato de arbitrariedade”, denunciou. Ele afirmou, ainda, que políticos locais teriam tentado evitar a realização da audiência pública.

Com relação a esse episódio, o jornalista Gérson Freitas explicou que foi surpreendido na sede da PM em Ponte Nova com atos de hostilidade e humilhação. Ele teria sido proibido de fazer seu trabalho após a publicação da matéria da prisão do jornalista Moura Cardoso. “Membros da corporação pediram minha demissão na rádio em que atuo. Estou sendo vigiado na minha própria cidade”, lamentou.
Os também jornalistas Ricardo Motta e André Luiz dos Santos criticaram a forma como foi efetuada a prisão do jornalista Moura Cardoso, por considerá-la arbitrária e ilegal.

Leia matéria na íntegra no Portal ALMG.

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