Ação é mais uma fase da Operação Ross, responsável por investigar o recebimento de vantagens indevidas do grupo J&F
A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (20), mais uma fase da Operação Ross, responsável por investigar o recebimento de vantagens indevidas do grupo J&F, entre 2014 e 2017. Dessa vez, a PF faz busca e apreensão em endereços ligados à família do senador Aécio Neves (PSDB).
Entre os locais investigados estão a casa da mãe do político, uma empresa de comunicação da jornalista Andrea Neves, irmã de Aécio, e a casa do primo do parlamentar, Frederico Pacheco.
As buscas desta fase da operação foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. A ação deve recolher documentos em papel e arquivos digitais. Segundo a Polícia Federal, o objetivo é coletar elementos que dão indícios de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
No último dia 11 deste mês, foram cumpridas ordens judiciais em imóveis de Aécio Neves e da irmã dele, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Segundo a PF, as investigações apontam para um possível envolvimento de Aécio na compra de apoio político do partido Solidariedade por R$ 15 milhões.
Além disso, empresários paulistas teriam ajudado com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias. Os executivos do grupo J&F chegaram a afirmar ao Ministério Público Federal que o repasse de propina feito ao senador foi de quase R$ 110 milhões.
Aécio termina o mandato de senador neste ano e, no próximo, assume uma vaga na Câmara dos Deputados.
Com a colaboração de Marquezan Araújo, reportagem, Paulo Henrique Gomes