Torcedor do Goiás é morto a tiros após sair do estádio

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Um torcedor do Goiás foi morto a tiros na noite de domingo (1º) após sair do estádio Serra Dourada, onde ocorreu a partida do time contra o Vila Nova, em Goiânia. Caio Lopes, 19, voltava para casa em um grupo de cerca de dez pessoas vestidas com a camisa do time.

Segundo a delegada Renata Cheim, responsável pelo caso, o grupo caminhava no bairro Setor Universitário quando foi abordado por cerca de 20 pessoas, entre membros da torcida organizada Sangue Colorado, formada por torcedores do Vila Nova. Um deles, um homem que estava de carona em uma moto, disparou contra o grupo e atingiu Caio.

Testemunhas disseram à polícia que o homem chegou a apontar a arma, que já estava sem munição, para a cabeça de outros torcedores. Houve agressões com chutes e tacos de beisebol. A briga foi contida pela Polícia Militar. De acordo com Cheim, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas.

Um dos suspeitos de participar das agressões, apontado como o condutor da motocicleta, foi preso no final da noite de ontem. O suspeito, um motorista de 24 anos, nega participação no crime. A polícia, no entanto, diz que ele teve sua moto, capacete e roupas reconhecidas por parte das vítimas.

A Folha não conseguiu contato com a torcida Sangue Colorado para comentar o caso.

VIOLÊNCIA

O final da partida entre o Goiás e o Vila Nova, que terminou em 2 a 2, foi marcado por violência. Houve briga entre jogadores durante a ida para o vestiário. Torcedores tentaram invadir o campo e tiveram que ser contidos pela PM.

De acordo com o delegado-chefe de comunicação da Polícia Civil, Norton Luiz Ferreira, foram registradas ocorrências de agressões entre torcedores em diversos pontos da capital goiana, incluindo uma tentativa de homicídio contra um torcedor do Vila Nova, no bairro Guanabara. A polícia investiga se o fato tem relação com a rivalidade entre os times.

Ainda segundo Ferreira, a Polícia Civil designou três delegados para investigar as ocorrências e a atuação das torcidas organizadas. Ele diz que o comportamento dos jogadores também deve ser avaliado nas investigações. “Os próprios jogadores foram violentos e acabaram incitando a violência”, afirma.

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