Vítimas do ônibus da Rio Doce relatam momentos do acidente

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O ônibus da Viação Rio Doce com destino Manhuaçu à Governador Valadares, acabou tendo um destino diferente nesta quinta-feira (27) por volta das 3 h da tarde. O acidente ocorreu no KM 570  próxima entrada do Distrito de São Sebastião do Sacramento na BR 116. Dezessete pessoas, incluindo motorista e trocador ficaram feridos e uma mulher morreu no local.  Equipe dos bombeiros de Manhuaçu, Santa Rita de Minas e Caratinga foram acionados para socorrer as vítimas, sendo obrigado utilizar o desencarcerador para remover a lataria, já que havia pessoas  presas as ferragens, o local era de difícil acesso. Conforme os bombeiros,  o veículo saiu da pista e desceu uma ribanceira parando somente no meio de uma várzea. Maria de Lourdes Soares Ker de 74 anos, moradora de Manhumirim não resistiu os feridos e morreu no local.  Segundo relatos, a pista estava molhada e que isso pode ter ocasionado o acidente, cabe a  perícia, a investigação real.

Dona Marcilene, moradora de Dom Correa já estava próximo a desembarcar, quando aconteceu o acidente, ela viu tudo desde o primeiro momento, sendo a última vítima a ser retirada, já que sua perna direita ficou debaixo do ônibus, a sorte dela foi que perna afundou no solo da várzea onde tombou, enquanto que a esquerda ficou dentro. Foi preciso que os bombeiros levantassem o veículo com um cabo de aço para que pudesse sair. Ela relata os momentos de aflição: “Eu não conseguia sentir a minha perna, eu só gritava de dor, pensei que tinha quebrado a perna toda, quando eles me tiraram de lá e estenderam a minha perna, aí que eu foi sentir ela e a dor foi aumentando, foi um sensação esquisita demais, Deus que me livre, não gostaria que acontecesse de novo, nunca  imaginei que iria acontecer um negócio desse comigo.” disse Marcilene, que nos contou momentos antes um fato inusitato que após o ônibus cair na canaleta e descer a ribanceira, ele bateu em uma arvoré e  que na primeira virada, seu esposo Paulo Cesar Videira, 41 anos foi lançado para fora pelo vidro da frente caindo ao solo e se levantando de imediato, correndo atrás do veículo morro a baixo para socorrer a esposa que tinha ficado dentro: “ Quando ele chegou lá em baixo tinha 05 pessoas em cima de mim, inclusive a senhora que morreu. comentou Marcilene.

Ariana Simiquele Costa, 24 anos moradora de Espera Feliz, que estava indo para Caratinga à trabalho, também estava no ônibus e comentou que estava dormindo no momento e acordou assustada quando o veículo bateu na primeira árvore e que quando acordou  viu as pessoas rolando: “Que eu me lembre foram 03 capotadas que ele deu, quando chegamos lá embaixo, ele estava com teto e rodas viradas de lado, a minha preocupação foi sair do ônibus, com medo de incêndio e explosão, ai eu vi uma saída pelo teto que foi rasgado, daí levantei para sair, no que levantei percebi que minha perna estava quebrada só que não sabia e cai de novo e sai me arrastando do ônibus, eu vi um Senhor do lado de fora e algumas pessoas começaram a sair. Eu fiquei imobilizada dentro de um brejo” falou Ariana.

Conforme ela os bombeiros foram rápidos e a empresa Rio Doce acompanhou tudo de perto, dando toda assistência necessária às vítimas, incluindo cirurgias e medicamentos.

Os passageiros Andrea Oliveira de Faria , 26 anos, Carlos Rogério Pereira Passos, 21, (cobrador), Custódio Teodoro Alves, Ivonete Paulino de Aguiar, 49 anos, Ismael Moraes Rodrigues, 54 anos(motorista), Joel Gomes Miranda, 59 anos, Juvercino Apolinario Moreira, 64 anos, João Pedro Costa Valadão, 14 anos, José Venâncio Leonardo Neto, 41 anos, Karla Perigolo Rabelo, 19 anos, Paulo Cesar Videira, 41 anos, Maria Irene Martins, 75 anos, Maria Aparecida Martins, Waldemir Cardoso de Araújo, 41 anos, Saulo Ker, 76 anos, ficaram com ferimentos leves.

Segundo informações, no dia seguinte , na sexta (30), no mesmo horário e a mesma linha Manhuaçu à Valadares, um outro acidente aconteceu no trevo de Realeza, entre o ônibus do Rio Doce e um caminhão. Não houve feridos.

Redação JM1 – Por J.Oliveira

Fotos: Carlos Giovani/Portal Vila Nova

1 COMENTÁRIO

  1. Alguns comentários não procedem, como por exemplo a assistência da Rio doce. Pois tenho um amigo morador de Soledade, próximo ao local do acidente, e sua esposa (Andrea Oliveira de Faria) até hoje está fazendo tratamento em uma das pernas, e a Rio Doce não se manifestou com um(1) centavo ainda sequer.

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