Ampliação de reservas de óleo na Venezuela pode colocar no ranking mundial

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O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, informou ter ampliado suas reservas petrolíferas para 297 bilhões de barris, quantia que, se comprovada, pode transformar o país na maior reserva de petróleo do mundo, superando a Arábia Saudita. O anúncio foi feito pelo ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramirez. Esses dados ainda necessitam da certificação da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Se a reserva for certificada, a Venezuela assume o primeiro lugar no ranking de países com as maiores reservas do óleo no mundo, deixando atrás países como a Arábia Saudita, que possui 266 bilhões de barris, de acordo com a Opep.

“No final de 2010, tínhamos um nível de reservas de 217 bilhões de barris e estamos, agora, no início do ano, em posição de certificar 297 bilhões de barris”, afirmou Ramirez. Segundo ele, essa quantia é baseada em informações da estatal venezuelana PDVSA e das empresas transnacionais que operam no país.

Do total de 297 bilhões de barris, 220 bilhões estão na faixa petrolífera do Orinoco, cuja reserva estimada pode superar os 319 bilhões de barris e é considerada a maior jazida petrolífera do mundo.

“A Venezuela continua ampliando sua base de recursos, diferentemente de muitos países que já esgotaram seus recursos”, afirmou Ramirez.

De acordo com o governo Chávez, quando o presidente assumiu o poder, em 1999, a reserva petrolífera do país era de 75 bilhões de barris. Desde então, o governo foi tomando paulatinamente o controle da estatal PDVSA e em 2007 foi firmado o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos, que determina a exploração do petróleo em regime de empresas mistas com capital internacional.

Neste tipo de associação, o Estado venezuelano é o principal acionista e quem determina o local de execução dos projetos de exploração. “Com essas reservas e a esse ritmo de exploração, a Venezuela tem petróleo para mais 200 anos”, afirmou Chávez na semana passada.

Com uma economia baseada fundamentalmente na exploração do óleo, a queda dos preços do barril registradas durante a crise financeira afetou os ingressos do país, o único dos países membros da Opep que não registrou crescimento econômico em 2010.

Para Ramirez, o “preço justo” do barril é US$ 100. “Pensamos que o preço deva chegar aí [a US$ 100] e não será preciso nenhuma reunião extraordinária da Opep para tratar deste assunto”, afirmou. O preço do petróleo nesta quarta-feira teve uma pequena queda e o barril foi cotado em US$ 90,86.

Ramirez disse ainda que a Venezuela não pretende incrementar sua produção petrolífera neste ano. “Nossa cota é de 3,11 milhões (de barris por dia), não vamos passar disso neste ano”, afirmou. Cifras da Opep, no entanto, indicam que o país extrai diariamente 2,3 milhões de barris diários e é o quinto maior exportador de petróleo do mundo.

Agencia Brasil

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