
Por Devair G. Oliveira
MANHUAÇU (MG) – A Câmara Municipal de Manhuaçu, como muitas outras as sessões geralmente é vazia, mas dependendo do projeto a maioria dos vereadores votam de acordo com o que fora acertado nas comissões e de acordo com o grupo político. Desta forma é difícil a mudança dos votos.
Esta foi a reação dos moradores do Barreiro: “vergonha, vergonha, essas palavras foram repetidas diversas vezes, pelos moradores da comunidade que acompanhavam a reunião ordinária da Câmara de Manhuaçu na noite desta quinta-feira, 05/06. Em pauta, o polêmico Projeto de Lei 003/2025, de autoria do Executivo, para redução da distância de 2 mil metros para 500 metros, para a implantação do Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos.
Inúmeras reuniões ocorreram na comunidade, na Câmara de Vereadores e, (quarta-feira,04), os moradores fizeram uma manifestação em frente ao Paço Municipal, para sensibilizar a prefeita tirar o projeto de pauta. O esforço dos moradores foi em vão.
Desde a leitura do parecer das comissões acerca do projeto, bem como a sua leitura, os participantes ficaram apreensivos e com um “fio” de esperança de que, alguns vereadores pudessem ter consciência da aprovação para a alteração da lei.
A decepção dos moradores e da diretoria da Associação dos Moradores do Barreiro (AMUB), veio no momento em que o painel de votação foi aberto, tendo o projeto recebido aprovação de 11 vereadores. Votaram contra o projeto, os vereadores Alan do Alaor, Administrador Rodrigo, Zé Eugênio e Misrael da Matinha. O vereador Cleber Benfica não estava presente.
Ao ouvirem o resultado da votação, os moradores ficaram de costas para os vereadores, como uma demonstração de revolta pela falta de sensibilidade de muitos, que usam a expressão de que “trabalham em defesa do povo”.