Sindicato cobra maior fiscalização do trabalho na região de Osasco

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 Integrantes do Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social de Osasco e Região que representa 35 sindicatos de 15 municípios entregaram hoje (1º) um documento para a diretoria da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) de São Paulo, no qual pedem maior fiscalização nas empresas sobre as condições de trabalho.

A principal reclamação é sobre a fragilidade dos serviços prestados, o que levou “ao registro anual de mais de 10 mil acidentes de trabalho, 322 doenças do trabalho e 52 mortes”. Ainda segundo o documento do sindicato “a situação está tão caótica que os auditores fiscais do trabalho não conseguem comparecer às empresas nas quais ocorreram acidentes fatais ou graves, mesmo após semanas da ocorrência dos fatos”.

Outro problema apontado pelos sindicalistas é a redução do número de fiscais. Há 15 anos havia 27 auditores fiscais, número que baixou para 11. Para cada 71.946 trabalhadores formais, existe apenas um fiscal, enquanto em todo o estado esta proporção é de 21.500 fiscais e no país 13.885.

Para denunciar a má fiscalização, os sindicalistas promoveram um ato em frente à sede da DRT, na rua Martins Fontes, centro da cidade de São Paulo, em que participou um grupo de dança e percussão e uma trupe de artistas em farrapos. A maioria deles com maquiagem no rosto para simular ferimentos e representar os acidentes no trabalho.

Pouco antes da entrega do documento, o presidente do Conselho Intersindical, José Elias de Gois, disse que, além da falta de servidores, os fiscais do escritório regional do Ministério em Osasco correm o risco de ser despejados. A situação crítica descrita pelos sindicalista foi reconhecida pelo delegado adjunto da DRT, Makoto Sato, que se comprometeu a encaminhar a questão para o Ministro do Trabalho, em Brasília.

Entre os presentes na manifestação, a ajudante geral Darlem Lima, de 33 anos, mostrou o braço com a mão esquerda amputada, após um acidente que sofreu há seis anos em uma empresa de reciclagem, onde trabalhava por um salário mínimo. Segundo ela, depois do acidente o equipamento foi lacrado.

Em abril deste ano, contou Darlem, seu retorno ao trabalho foi determinado pelos médicos da perícia do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mesmo estando mutilada e com outras sequelas como dores provocadas pela retirada de nervos e veias da perna na tentativa frustrada de um implante.

 

 

Agência Brasil

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