Alunos da capital realizam mutirão contra o mosquito Aedes Aegypti

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Estudantes mostram a importância de não deixar água acumular e os sintomas da doença

Preocupados com o bem estar dos moradores e com o aumento do índice de casos de Dengue na região onde moram, os alunos da Escola Estadual Deputado Manoel Costa, no bairro Céu Azul A, em Belo Horizonte, estão realizando um mutirão contra o mosquito Aedes Aegypti. Por meio de conversas com moradores, os estudantes mostram a importância de não deixar água acumular nos quintais e os sintomas da doença.

“O objetivo do projeto é conscientizar a população. Mostrei para os alunos que em toda Belo Horizonte a nossa região é a que tem um dos maiores índices de contaminação do mosquito transmissor da Dengue”, conta o professor de História e idealizador do projeto, Roberto Bernardo dos Santos. De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, a regional da Pampulha é a quarta regional com maior número de casos notificados de Dengue. Foram registrados 311 casos.

A ideia de trabalhar a dengue nas aulas de História surgiu em uma aula na qual os alunos estudavam a ‘Peste Negra’. “Estávamos estudando a ‘Peste Negra’ e vimos que a doença começou na Europa por falta de higiene. Eu perguntei para os alunos exemplos de doenças que existem hoje e que também são problema por falta de cuidados e eles citaram a Leptospirose e a Dengue. Então, resolvemos criar o projeto”, ressalta Roberto.

Os alunos visitaram 223 casas de diferentes bairros da Regional da Pampulha. As entrevistas eram feitas com moradores maiores de 15 anos e após uma longa conversa de conscientização os ‘jovens pesquisadores’ entregavam uma cartilha produzida pelo Governo de Minas. Em parceria com a disciplina de Matemática, os alunos irão criar gráficos com os dados coletados.

Para a próxima etapa do projeto, os alunos estão escrevendo cartas para os vereadores propondo sugestões para inibir o aumento do índice de contaminação na região. Eles estão propondo alternativas, como coleta seletiva e capina dos lotes. Para a estudante do 7º ano do ensino fundamental, Danielle Andrade Gonçalves, o cuidado contra a doença é um dever de todos. “É responsabilidade de todo mundo, cada um tem que cuidar do seu quintal. Não tem jeito de uma pessoa sozinha fazer tudo. Também temos que fazer a nossa parte”.

A culminância do projeto acontece no final do mês, quando os estudantes irão visitar a Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa)

O levantamento mede a infestação larvária na capital. A pesquisa é realizada em períodos estratégicos: janeiro (período chuvoso), março (fim do período chuvoso) e outubro (início do período chuvoso ou antecedente a ele). O LIRAa é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte e tem o objetivo de fazer a análise da situação do município, checando em qual grau de infestação se encontra e saber em quais recipientes o mosquito coloca seus ovos.

 

Agência Minas

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