Doenças cardiológicas podem ser silenciosas

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Imagem: Pixabay

As doenças cardiovasculares podem se manifestar, inicialmente, de forma silenciosa, o que dificulta o diagnóstico precoce e a realização do tratamento adequado. Este é um dos fatores que contribui para o alto índice de mortalidade. De acordo com a Sociedade Brasileira do Coração (SBC), cerca de 350 mil brasileiros morrem todos os anos por conta de patologias cardíacas. O infarto do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são, respectivamente, a primeira e a segunda causas isoladas de morte no país.

Por isso, os cuidados com a saúde do coração devem fazer parte da rotina de todos. É recomendável manter uma alimentação equilibrada, com menos sal, gordura e açúcar; a prática de atividade física; ter boas noites de sono, além de evitar o consumo de bebida alcoólica e cigarro.

Também é importante a realização de um check-up periódico com o médico cardiologista para monitorar a pressão arterial, a glicose e o colesterol com regularidade. Se há histórico de doenças cardiovasculares na família, essas consultas devem ser realizadas com maior frequência.

Principais doenças do coração

A hipertensão arterial, popularmente chamada de “pressão alta”, geralmente, está associada aos demais problemas cardíacos. Inicialmente pode ser silenciosa, apresentando sintomas apenas quando o nível da pressão sanguínea nas artérias já está bem elevado. Entre os sinais estão dor de cabeça, tontura, zumbido no ouvido e dor no peito. A hipertensão é tratável e pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e uso de medicação.

A doença isquêmica arterial coronariana (DAC) é decorrente da obstrução das artérias coronárias por placas de gordura e, quando agravada, pode provocar o infarto do miocárdio. A dor no peito é o principal sintoma dessa enfermidade. Para preveni-la, o controle do colesterol é fundamental.

A doença cerebrovascular, também conhecida como AVC, é resultante de um déficit neurológico súbito provocado por uma ocorrência nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. O paciente apresenta sinais como fraqueza ou formigamento em um lado do corpo, alteração do equilíbrio e dor de cabeça. O tratamento pode ser feito com medicamento para desobstrução do vaso sanguíneo.

Doença arterial periférica (DAP), doença reumática cardíaca (DRC) e cardiopatia congênita são outras enfermidades que também afetam muitos brasileiros.

Atenção aos fatores de risco e sinais corporais

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, alguns fatores contribuem para a maior incidência de doenças cardiovasculares, como colesterol elevado, diabetes, estresse, hipertensão, sedentarismo, obesidade, tabagismo e consumo de álcool.

Além de ter atenção extra quando se integra um ou mais desses grupos de risco, o próprio corpo pode dar sinais de que a saúde do coração não vai bem. Fadiga, falta de apetite e náuseas, inchaço dos membros inferiores, urinar muitas vezes à noite, ganho de peso injustificado, dor no maxilar e pescoço podem ser indicativos de problemas cardiovasculares.

No entanto, o diagnóstico preciso só pode ser feito a partir da realização de exames cardiológicos. Por isso, as consultas regulares ao cardiologista devem fazer parte da rotina de cuidados do paciente.

Quando as doenças cardiovasculares são identificadas e tratadas, os pacientes mantêm uma boa qualidade de vida. A administração correta dos medicamentos, o acompanhamento médico e hábitos saudáveis são fundamentais para o sucesso do tratamento.

 

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