MS recomenda cuidados com a saúde durante as férias

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Manter a higiene adequada e a vacinação em dia são algumas dicas para não ter transtornos durante viagens

Cuidados simples como manter o calendário de vacinação em dia, lavar sempre as mãos antes das refeições e saber escolher quais alimentos comer na rua ou em restaurantes são algumas das precauções que o turista deve ter para evitar transtornos e garantir férias sem doenças. Ao viajar, seja no Brasil ou para outros países, hábitos saudáveis podem evitar contratempos como ter que trocar a praia por uma estadia em algum hospital. Para orientar viajantes, o Ministério da Saúde publicou na internet uma nota com várias dicas de cuidados que devem ser adotados antes, durante e depois das férias.

Uma das recomendações é fazer uma avaliação de saúde com profissionais habilitados e não viajar se estiver doente. Longas horas de viagem de carro, avião ou ônibus favorecem, por exemplo, o surgimento de problemas circulatórios e o estresse durante a viagem podem diminuir a resistência do organismo e abrir caminho para outras doenças.

Outro cuidado importante é avaliar a situação vacinal, de acordo com a idade do viajante. Para isso, basta procurar uma unidade de saúde, de preferência da rede pública do Sistema Único de Saúde, portando o cartão de vacinação. Lá, um profissional de saúde fará a verificação do cartão e irá atualizar as vacinas necessárias para sua viagem. Todas as vacinas em atraso devem ser tomadas, com destaque para febre amarela, sarampo, rubéola e poliomielite.

Essa medida é essencial para evitar a reintrodução de doenças controladas no Brasil, como o sarampo e a rubéola, ou mesmo já erradicada, como a poliomielite. Quanto à febre amarela, existe a obrigatoriedade para brasileiros da apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), sob o risco de ter sua entrada proibida no país escolhido para visitar. O CIVP é obtido nos Centros de Orientação ao Viajante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para facilitar o atendimento, faça o pré-cadastro no site http://www.anvisa.gov.br/viajante.

No caso da febre amarela, é importante que a atualização seja realizada no mínimo com 10 dias de antecedência da data da viagem para que a vacina possa fazer efeito e a imunidade seja adquirida.

PERCURSO – Problemas de saúde podem ocorrer ainda dentro do carro, ônibus, navio ou avião. Assim, não deixe de levar, tanto na mala como na maleta de mão, medicações contra dor de cabeça, alergias imprevistas ou aquelas de uso regular no controle de doenças pré-existentes, como hipertensão, diabetes e asma, entre outras. As medicações devem ter prescrição médica.

Siga sempre as regras para transporte de objetos e líquidos, exigidas pelas companhias de transporte aéreo internacional. Se ocorrer qualquer alteração no seu estado de saúde durante um vôo ou cruzeiro, comunique imediatamente a tripulação de bordo.

Em caso de adoecimento durante a sua estadia no local de destino, busque atendimento médico e não pratique a automedicação. Frente a quaisquer situações inusitadas (acidentes, assaltos, perda de passaporte), bem como a problemas mais graves de saúde, procure ajuda e orientações junto às autoridades locais ou Embaixada do Brasil em cada país.

Algumas outras recomendações são: conhecer características do local de destino, tais como clima, altitude, diferença de fuso-horário, infraestrutura urbana, alimentação, costumes, normas, cultura, doenças que afetam a população local e susceptibilidade a desastres naturais (inundações, terremotos, furacões) dos lugares visitados.

É importante manter-se informado, seja pela internet, televisão, jornais ou quaisquer outras formas de comunicação, sobre o que ocorre no país de destino e no mundo, se há possibilidade de ocorrência de epidemias, calamidades e eventos como ataques terroristas.

Para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis e aids, o uso de preservativos é recomendado em todas as relações sexuais. Ter preservativos facilita sua utilização e a prevenção desses agravos.

Evite exposição excessiva ao sol. Lembre-se sempre de aplicar o protetor solar no mínimo 30 minutos antes da exposição, com fator de proteção solar mínimo de 15, nas áreas do corpo não protegidas por vestuário. Reaplique conforme orientação do fabricante. Utilize também óculos de sol com filtro ultravioleta e chapéu de aba larga.

E lembre-se: lave as mãos com água e sabão, principalmente depois de tossir ou espirrar; antes de tocar os olhos, a boca e o nariz; após usar o banheiro e antes das refeições.

NAVIOS – Para os viajantes de navios, outras recomendações são importantes, tais como conhecer ter cuidados com o consumo de água e alimentos em cada parada da embarcação. Dentro ou fora do navio, evite o consumo de alimentos crus ou mal passados. Prefira os alimentos bem cozidos, ao invés daqueles que ficam expostos em balcões térmicos aquecidos ou refrigerados (sobremesas, saladas e molhos frios).

No caso de diarréia três ou mais vezes em um intervalo de 24 horas, procure atendimento médico e informe imediatamente a tripulação do navio, que, por sua vez, deve notificar a Anvisa. Exija do operador de turismo um guia de telefones e endereços de serviços médicos disponíveis em cada parada. Dessa forma, em caso de emergência, você saberá a quem recorrer. Observe se a acomodação escolhida apresenta de boa ventilação em todos os lugares.

RETORNO – Após o retorno da viagem, caso apresente febre ou outros sintomas, como diarréia, problemas de pele ou respiratórios, procure imediatamente o serviço médico e informe o itinerário de sua viagem. Se possível, procure por serviços de referência para doenças infecto-contagiosas em seu Estado.

Exemplos de doenças que exigem cuidados durante viagens: doenças de transmissão hidrica-alimentar; cólera; doenças transmitidas por vetores e zoonoses (mosquitos, carrapatos e do homem para o animal e do animal para o homem); febre amarela; malária; chikungunya; doenças de transmissão respiratória como a gripe, sarampo, rubéola, varicela e caxumba; doença Meningocócica, entre outras.

DESTAQUES

Febre do Chikungunya:
A Febre do chikungunya é uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mesmos vetores que transmitem a dengue.

Não existe transmissão da doença nas Américas. Os casos diagnosticados no Brasil foram importados. Atualmente o vírus circula em alguns países da África e da Ásia. Em 2010 há relato de casos na Índia, Indonésia, Mianmar, Tailândia, Ilhas Maldivas, Ilhas Reunião e Taiwan – todos com transmissão sustentada.

Os principais sintomas da febre do chikungunya são principalmente febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Algumas medidas de proteção individual, como o uso de repelentes, podem ser adotadas para reduzir o risco de infecção. Ao retornar da viagem, caso apresente febre alta e dores nas articulações, o viajante deve procurar atendimento médico imediatamente, relatando seu histórico de viagens, e evitar tomar medicamentos por conta própria.

Doenças de transmissão respiratória:
Influenza – A doença de transmissão respiratória mais comum é a gripe, que é uma doença infecciosa de natureza viral e de alta transmissibilidade. Recentemente, a gripe causada pelo vírus Influenza Pandêmica (H1N1) 2009 teve grande importância epidemiológica em todo o mundo. No Brasil, durante o ano de 2010 foi realizada vacinação de grupos populacionais mais vulneráveis, alcançando aproximadamente 90 milhões de pessoas, diminuindo o risco de ocorrência de formas graves e mortes pela doença.

Sarampo e Rubéola:
O controle dessas duas doenças tem relevância epidemiológica fundamental, considerando a fase atual de interrupção da circulação viral sustentada no Brasil. São doenças de ocorrência comum em eventos que envolvem pessoas de diferentes países e preveníveis por vacina. No Brasil, a vacina contra o sarampo e rubéola é administrada regularmente, independente da ocorrência destas situações. No período de férias os cuidados para prevenir o sarampo e a rubéola se tornam mais importantes pela sua relação com viagens internacionais e principalmente eventos de massa (ex. houve registro de surto de sarampo na África do Sul durante a copa do mundo).

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