Secretaria de Saúde participa da oficina do Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica

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provabNesta quinta (23) e sexta-feira (24), Belo Horizonte sedia mais uma oficina de trabalho do Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica (Provab), que é o maior programa de interiorização de médicos de país e tem o objetivo de disponibilizar profissionais de saúde para as localidades do país de maior vulnerabilidade, como áreas de extrema pobreza e periferias das regiões metropolitanas, populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas.

Durante a solenidade de abertura da oficina, que nesta edição envolve profissionais e lideranças de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, destacou que os três níveis de governo precisam trabalhar em conjunto para buscar soluções definitivas para a falta de médicos nessas regiões. “Saudamos o programa, estamos fortalecendo junto aos municípios a adesão, porém precisamos trabalhar, Estado, União e municípios, as soluções definitivas sobre a difícil questão da fixação do profissional nessas localidades e isso se dará com criação de uma carreira pública, além de incentivos financeiros”, afirmou.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também participou do evento, disse que nos últimos dez anos o Brasil acumulou uma carência de 54 mil médicos e, nos próximos dois anos, a curva deve aumentar com a criação de novas Upas 24 horas, UBS’s e hospitais que demandarão mais 26 mil novas vagas. “Precisamos levar mais médicos onde a população carente mais precisa. E para fixar esses profissionais vamos investir cada vez mais nas estruturas das unidades de saúde. Queremos oferecer médicos, mas também meios para que eles trabalhem com qualidade. Uma das formas de atrair médicos para o interior é possibilitar pontuação e promoção na carreira e na formação”, disse.

No atual cenário, o Brasil tem 1,8 médico para cada mil brasileiros, índice abaixo de outros países latino-americanos, como Argentina (3,2) e México (2). Para igualar-se à média de 2,7 médicos por mil habitantes registrada na Inglaterra, em cujo sistema de saúde se inspirou o Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil precisaria ter hoje mais 168.424 médicos.

 Agência Minas

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