Servidores estaduais mediram o monóxido de carbono

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Fhemig alerta sobre riscos para a saúde de fumantes e fumantes passivos

Servidores estaduais ganham oportunidade para abandonar o tabagismo. Cerca de 150 servidores estaduais de vários órgãos e secretarias participaram da palestra introdutória do Programa de Cessação do Tabagismo, lançado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), nesta terça-feira (31), Dia Mundial sem Tabaco. O lançamento aconteceu na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves e contou com estandes, onde os servidores puderam medir o monóxido de carbono no organismo, além de medir a pressão arterial e a glicose. De acordo com a cardiologista que ministrou a palestra, Alba Machado de Sá, também médica perita da Superintendência Central de Perícia Médica e Saúde Ocupacional da Seplag, a dependência da nicotina não é o único problema. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o poder público gasta duas vezes mais com o tratamento de fumantes do que o arrecadado com os impostos do fumo. “O tabaco mata dez mil pessoas por dia e 70% das mortes ocorrem em países em desenvolvimento. Além disso, estudos mostram que pessoas que fumaram 10 ou mais cigarros apresentam atraso no aprendizado”. A psicóloga Luciana Luiz Borçato, também palestrante, explicou que é considerada fumante qualquer pessoa que já fumou pelo menos cinco maços de cigarros na vida, e a dependência química é uma doença que precisa ser tratada. “São três os componentes da dependência da nicotina: a dependência física, em que se tem que fumar de qualquer jeito; o condicionamento, caracterizado por associações habituais como entrar no carro e acender o cigarro; e a dependência psicológica, em que se usa o cigarro como apoio”, ressaltou. Segundo ela, estudos indicam que a fumaça do cigarro tem cerca 4.720 substâncias prejudiciais à saúde como metanol, solvente, gás venoso e inseticidas. “O tempo para a nicotina atingir o cérebro é de sete a nove segundos e a sua sensação é eliminada em 60 segundos, o que faz intensificar o desejo de mais e mais nicotina”.

Oportunidade

O delegado geral da Polícia Civil, Walter de Ávila, que participou da palestra, disse que já estava com o propósito de parar de fumar e o programa surgiu como uma oportunidade para isso. Confessou que já ficou sem fumar por um curto período de tempo, mas não conseguiu cessar a dependência do fumo. Lembrou também do aumento da sensação de bem-estar nesse curto período de abstinência. Heleliane de Oliveira, servidora da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge), fuma há 20 anos e já tentou parar de fumar por três vezes, mas o esforço foi em vão. Para ela, a alternativa seria procurar ajuda em um posto de saúde que ofereça o tratamento para cessação do tabagismo, mas a dificuldade em conciliar horários de trabalho e tratamento seria um empecilho, o que não ocorrerá com o programa oferecido pelo Governo de Minas. Já para Geralda Maria Veloso Trindade, do setor de pagamentos da Seplag, que nunca tentou parar de fumar, a sugestão de abandonar o vício veio de um cardiologista que procurou para fazer um check-up e a aconselhou a parar com o cigarro em benefício da saúde. Como o tratamento é dispendioso, a servidora vê no programa do governo a grande chance de tentar parar com a dependência do cigarro.

Atividades

Durante todo o dia de lançamento do programa, os servidores estaduais puderam medir o monóxido de carbono no sangue e obter diversas informações no estande montado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e pela Subsecretaria de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) no térreo do prédio Minas. Também no térreo do prédio Minas, foram oferecidas medição de pressão arterial e de glicose capilar para os visitantes das tendas montadas pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). Além disso, animadores caracterizados de cigarro e guimba circularam entre os prédios Minas e Gerais e o Centro de Convivência.

 

Agência Minas

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