O povo ainda não tem noção do descompasso dos poderes

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No Brasil apesar da constituição e dos discursos das autoridades, a desigualdade é uma realidade, a lei costuma ser muito rigorosa para alguns pobres e inexistente para muitos ricos e políticos. Por pouca tem muita gente presa e por graves crimes muita gente solta. Nunca o centro do poder foi tanto bisbilhotado, e suas entranhas expostas ao público, talvez as pessoas atônitas ainda não se deram conta da grande necessidade de uma gigantesca mobilização para reivindicar os pontos necessário para consertar o país.

Os mais pobres não podem ser os mais responsabilizados, as pessoas que mais contribuíram para a quebradeira do país não estão sendo cobradas. Os criminosos de colarinho branco, grandes empresários e os políticos que se escondem por detrás dos privilégios escandalosos das prerrogativas concedidas aos políticos, e outras proteções da ‘justiça’ com as benesses de tribunais superiores. Por tudo que se sabe dos governos de Lula e Dilma os Ministros do STF, ficam quase impedidos de atuarem, as gavetas não se abrem, e ainda grande parte dos parlamentares tentam a todo custo forjar as leis em benefício próprio, como a que desejam agora sobre o crime de caixa dois.

A situação político-judiciária é de ruptura. Delações premiadas bombásticas, como a dos dirigentes da Odebrecht, de um Eduardo Cunha ou Antônio Palocci da vida, podem comprometer centenas de membros do Congresso Nacional. Os réus da politicagem vão alegar, no maior cinismo de sempre, que o Judiciário tenta promover uma in-terferência no Legislativo, com o apoio do Ministério Público Federal. Os magistrados, principalmente os de tribunais superiores, como foram indicados politicamente para os cargos vitalícios, sofrerão pressões espúrias nos bastidores. O que se dará de tudo isso, nesta guerra surda?

O plano dos políticos é emplacar a Lei de Abuso de Autoridade com único objetivo de reduzir os poderes dos magistrados e membros do Ministério Público – e não para coibir eventuais excessos que eventualmente prejudiquem qualquer cidadão comum. Na prática, o plano da bandidagem política, com foro privilegiado, é enfraquecer o Judiciário. Por que os deputados e senadores não aceleram o debate e aprovação daquelas medidas contra a corrupção? Por que não aceitam discutir o fim do injusto foro privilegiado para ocupante de cargo público eletivo que comete crime comum?

Onde estão os intelectuais, os grandes empresários da mídia, cadê os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira? Eles estão divididos alguns e sabem lá porque? As pessoas de bem precisam juntar-se ao povo para focar pressão no fim do foro privilegiado que é inconstitucional por princípio, pois fere o direito básico à isonomia, à igualdade de tratamento entre os cidadãos.

A politicagem, no gerenciamento da máquina do crime institucionalizado, não quer a revisão deste absurdo privilégio judiciário. Por isso, a maioria dos brasileiros precisa pressionar pela mudança.

Hoje, na judicialização da politicagem, os bandidos estão levando ampla vantagem sobre as pessoas normais e honestas que pagam impostos absurdos e juros irreais, sobrevivendo do jeito que dá…

A esperança da justiça do bem é que a megaoperação da Polícia Federal ocorrida na sexta-feira, 4/11 contra uma quadrilha de traficantes de drogas que movimentaria mais de R$ 1 bilhão por ano. Já pensou um financiador de campanha, fazendo a delação?

Precisam acabar com os marajás dos três poderes, infelizmente querem punir uns em detrimento de outros. Só uma intervenção cívica militar daria fim na corrupção.

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