Bastava pedir perdão

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Jean de La Fontaine (1621-1695), poeta e fabulista francês, viveu uma vida totalmente desregrada e sem Deus, publicando versos obscenos. Em 1693 caiu doente e desamparado. Por influência de seu confessor, resolveu então passar os últimos anos de sua vida tentando corrigir-se. Dizem que usava um cinto de crina de cavalo sob suas vestes de modo a irritar a pele, para melhor expiar as faltas do seu passado. Desesperado, visitava as igrejas e ficava rezando, na tentativa de se livrar do medo do inferno.

Alguém deveria ter dito a La Fontaine que bastava ter feito como Davi e suplicado a misericórdia de Deus, e ele seria perdoado. Ao tomar consciência de seu pecado, Davi orou sinceramente: “Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste” (Sl 51.8). A alegria é resultado de paz na consciência. É resultado do perdão aplicado ao coração do pecador arrependido. Deus não planejou que fôssemos tristes e derrotados. Orígenes, um dos primeiros líderes da igreja pós-apostólica, disse: “A música que Deus produziu na criação não é um canto fúnebre, mas uma canção de amor para, por meio de e através de suas criaturas”.

O pecado é uma doença para a qual só Deus tem remédio. Ele disse: “Eu crio o fruto dos lábios; paz, paz, para o que está longe, e para o que está perto, diz o Senhor; e eu o sararei” (Is 57.19). Ele tanto pode curar o corpo quanto principalmente a alma. Jesus, o “Médico dos médicos”, fez isso em seu ministério terreno. Ele era, como ficou em português o título do romance da escritora inglesa Taylor Caldwell, “médico de homens e de almas”. Ele se compadecia ao ver as feridas dos pecadores; ele se comovia com a solidão dos leprosos. Curou a muitos deles com o seu toque abençoador. Perdoou, salvou e alegrou muita gente. Pena que La Fontaine não sabia disso, mas você sabe!

Pr. João Soares da Fonseca – [email protected]

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