Toda vez que vejo propaganda de um navio luxuoso oferecendo cruzeiros para dentro e para fora do País, eu me lembro do ocorrido com o Titanic. O navio inglês, ostentando luxo e riqueza, seria um modelo de segurança em alto-mar. Os engenheiros não escondiam o seu orgulho em produzir uma obra-prima da navegação. Mas, como todos sabem, o grande navio não conseguiu concluir a sua primeira viagem. Afundou no Oceano Atlântico, tornando-se cemitério de moedas, baús, vidas e sonhos.
As igrejas evangélicas tradicionais em geral ensinam às crianças (ou pelo menos ensinavam) um cântico, cuja letra diz: “Com Cristo no barco tudo vai muito bem, e passa o temporal”.
Viver neste mundo é estar sujeito a temporais. Com frequência eles desabam sobre nós, ameaçando destruir as nossas resistências. Aprender a esperá-los e enfrentá-los é, pois, um imperativo.
O grande missionário no Interior da China, Hudson Taylor, conta que quando ia para a China pela primeira vez, o navio enfrentou tão forte temporal que sua vida e a de seus companheiros estavam em perigo. Além da tempestade e das ondas violentas, o navio começou a aproximar-se de uma faixa de terra onde índios canibais já acendiam suas fogueiras, à espera do “churrasco” que se aproximava.
O pânico tomou conta de todos. De todos, menos Hudson Taylor. O grande missionário não cedeu ao desespero. Dirigiu a Deus uma oração simples, porém, confiante e obediente. E esperou o resultado: faltavam poucos metros para serem capturados quando um vento inesperado soprou fortemente, fazendo o navio retomar a sua rota e prosseguir viagem com segurança.
Sim, amigo, “Com Cristo no barco tudo vai muito bem, e passa o temporal”. A propósito, quem é o piloto aí do seu barco? Se no ano que se finda, a sua vida foi um barco desgovernado, que tal começar o ano novo convidando Jesus para ser o seu capitão?
Feliz Ano Novo!
Pr. João Soares da Fonseca – [email protected]