Janela do Diabo ou Instrumento Divino?

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Em 18 de setembro de 1950, a televisão chegou ao Brasil. A TV Tupi, na cidade de São Paulo, foi a primeira, não só no Brasil mas também em toda a América do Sul. A estreia, assistida apenas por alguns dos donos de 200 aparelhos, teve uma programação ao vivo, precária e improvisada. A iniciativa era parte do império jornalístico chamado “Diários Associados”, do polêmico magnata paraibano, Assis Chateaubriand (1892-1968).

Para muitos, a televisão é um mal que se instalou no interior dos lares e deve ser combatida com unhas e dentes. Tenho um amigo de longa data que, um dia, recém-casado, irritado com a influência que a televisão exercia sobre sua esposa, partiu para o radicalismo: levou o aparelho lá para fora, pegou um machado e, simplesmente, despedaçou o aparelho, sob o olhar apavorado da mulher.

Ocorre, porém, que o rádio, a televisão, o computador, o jornal, a revista, o telefone (fixo ou celular) e, mais recentemente, a Internet, foram todos criados para facilitar a comunicação entre nós. Ou seja, o veículo em si não é bom nem mau. Tudo depende da forma como vai ser usado. Lembremos que o rádio e a TV que, ao chegarem ao Brasil, foram crivados de adjetivos nada nobres por parte de alguns setores evangélicos, hoje servem a propósitos sublimes, como o da pregação do evangelho. É impossível avaliar o número de pessoas alcançadas pelo evangelista Billy Graham, que, ao longo de seu ministério, soube usar a televisão para ampliar o seu auditório.

Como qualquer outro meio de comunicação, a televisão pode ser bênção ou maldição na vida do crente. Saber usá-la, selecionando criteriosamente o que ver e o que não ver, é parte da sabedoria que o Espírito de Deus pode nos dar. Tiago disse: “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça a Deus, que a concede livremente a todos sem criticar, e lhe será dada” (Tiago 1.5). Copiemos a postura do salmista quando diz: “Não porei coisa má diante dos meus olhos…” (Salmo 101.3).

Pr. João Soares da Fonseca

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