HISTORIA DO BRASIL

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Continuação do numero anterior

Foi no reinado de Dom Diniz no ano 1324 que a Corporação dos Moedeiros (dinheiro) iniciou-se do qual o Brasil herdou a tradição, Tais importâncias tinham as Corporações que elas se davam o direito de participarem das procissões, possuindo cada classe artística um padroeiro. Os moedeiros de Lisboa administravam a Confraria de Sant’ Ana da Sé e, até nossos tempos, os moedeiros da Casa da Moeda do Brasil têm em Santana sua padroeira, reunindo-se anualmente, no dia 26 de julho, em missa dedicada à Santa.

             O moedeiro era admitido na Corporação, através de Cerimônia especial, denominada Sagração do Moedeiro. PORTANTO UM CAPACETE PRESTAVA, DE JOELHOS, JURAMENTO SOLENE, SOBRE os Santos Evangelhos, recebendo. Do Provedor da Instituição, o grau que lhe era conferido, através de duas leves pancadas sobre o capacete, com uma espada reta, finamente lavrada. Essas pancadas significavam “fé e lealdade” e “dedicação ao trabalho”.

            Eles souberam aproveitar as grandes vantagens de Portugal em relação à sua feliz situação geográficas, na extremidade ocidental do continente europeu, e a seus excelentes portos; e, sobretudo fizeram servir a seus altos desígnios a atividade da nação influída pelo fantasma e pela ambição.  Eles mesmos puderam-se à testa das grandes expedições conquistadoras.

            Dom João I “Assi o filho de Pedro Justiçoso, Sendo governador alevantado do reino, foi nas armas tão ditoso”. Tomou em pessoa Centa, Penon e Melila. Seu ilustre filho, Dom Henrique o Navegante, fundou a escola naval de Sagres, onde se iniciaram os audazes descobrimentos, o raiar da aurora dos tempos modernos. Dom Duarte, menos feliz, sofreu a derrota de Tanger; mas seu filho, o guerreiro Dom Afonson V, foi apelidado o Africano, pela conquista da África Ocidental.

            Nessa época o Infante Dom Henrique havia descoberto todas as ilhas do Atlântico até o Golfo de Guiné:- Açores, Madeira, Canárias e Cabo-Verde.

            Representam a força e a grandeza de Portugal dois reis: Dom João II(1495) e Dom Manoel (1521). Pela destruição do poder dos vassalos deu Dom João II ao país estabilidade interna. Mandou decapitar a um de seus cunhados, o duque de Bragança, e ao outro, o duque de Viseu, apunhalou com a própria mão, mostrando-se assim, em atos violentos, superior ao próprio Luiz XI, seu contemporâneo.

            Foi no seu governo confirmado a existência da rica Índia Ocidental (America), e o almirante português Bartholomeu Dias descobriu o cabo meridional (SUL) da África, e que denominou- Tormentoso- e que Dom João II chamou- Boa Esperança. – adivinhando as vantagens que lhe resultariam de seu descobrimento, que foi magnificamente cantado por Camões, no belíssimo episodio do Gigante Adamastor.

            Com o descobrimento do Novo Mundo pro Christovão Colombo em 12 de outubro de 1492, julgou-se Dom João II ofendido em seus direitos, e armou-se contra os reis Católicos; mas o papa interveio e impôs-lhes o Tratado de Tordesilhas em 1495. 

            Dom Manuel, subindo ao trono, aproveitou-se da frota equipada por seu cunhado para continuar os descobrimentos ao Oriente, e mandou-a para a Índia, sob o comando de Do Vasco da Gama, que foi o primeiro (desde 600 anos a.C.) que transpôs o Cabo da Boa-Esperança, e acompanhando a costa oriental da África, atravessou o Canal de Moçambique, e tomando em Melinde pilotos que o Guiaram para a Índia Oriental, pelo Golfo de Oman, chegou a Calecut. Não duraram muito as relações amigáveis que tiveram com o Çamorim e o Nabado de Delhi, de modo que o audacioso navegante e descobridor voltaram, depois de um ano de viagens, para Portugal, onde foi recebido com grandes festas por Dom Manoel, que lhe deu os títulos de Conde de Vidigueira e Almirante dos Mares Orientais. O descobrimento do caminho das Índias pelo sul da África foi a causa direta do descobrimento do Brasil.

CONTINUA NO PROXIMO NUMERO.

Enviado por : HISTORIADOR E PROFESSOR JOSE AUGUSTO.

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