Largou tudo no Japão e foi para São Paulo

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Quando Tamar quebrou os costumes e fugiu para casar com seu amor, Demir (Thiago Abravanel), em “Salve Jorge”, sua intérprete, Yanna Lavigne, identificou-se imediatamente com ela.

— Na vida, eu já quebrei vários costumes. Tenho esse espírito aventureiro. Pouco importa o que vão dizer. Isso é de família — diz Yanna.

Tanto que sua mãe não ligou para a indignação dos parentes, que acharam um absurdo ela levar as filhas pequenas para o Japão. Na ocasião, o pai de Yanna estava indo trabalhar no país.

— Minha mãe foi muito reprovada pela família. E, no fim, nossa ida para o Japão foi boa para todo mundo — conta a atriz, que ficou no país por quatro anos e meio.

Filha de japonês com uma baiana, a beleza misturada da paulistana fez com que seus colegas da escola brasileira, em Nagoya, a incentivassem a representar a província numa espécie de concurso de miss, em 2006. Um olheiro brasileiro a viu e a levou para modelar em Tóquio.

— Estava com 16 anos, morando longe de pai e mãe, aprendendo a lidar com a vida. Amadureci muito e me orgulho disso. Foram quatro anos na carreira levados a sério — diz ela, hoje com 23.

Apesar da vida feita no Oriente, Yanna não se sentia completa. E, aos 19 anos, voltou ao Brasil para seguir o que sempre lhe bateu o coração: atuar.

— Larguei agência, apartamento, tudo no Japão e fui para São Paulo estudar teatro. Eu me encontrei — diz.

Ao fazer a oficina de atores da Globo, teve a oportunidade para o teste de “Salve Jorge”. Com o resultado positivo, Yanna faz sua estreia em novelas e ficou temerosa.

— Pela minha falta de experiência, fiz muita pesquisa para sua composição. Não sou tão inocente como ela. Então, construí voz, gestual ligeiro e leve. Acho que está dando certo — orgulha-se.

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