Euclides da Cunha é tema de especial na Rádio Senado

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O jornalista e escritor, consagrado pela obra-prima Os sertões, morreu há cem anos. O relato da campanha do governo central contra a rebelde Canudos de Antônio Conselheiro recebe abordagem multidisciplinar
Capa de sua principal obra "Os Sertões"
Capa de sua principal obra "Os Sertões"

No centenário da morte de Euclides da Cunha, a Rádio Senado apresenta programa com reportagem especial sobre a vida e a obra do escritor.
Seu livro mais conhecido – Os sertões – relata a Guerra de Canudos, que destruiu a cidade no interior da Bahia, governada pelo beato Antônio Conselheiro. Repórter do jornal O Estado de S. Paulo, Euclides acompanhou a quarta e última expedição do Exército Brasileiro enviada para combater Canudos. A princípio, o jornalista era favorável à destruição do foco rebelde. Com o tempo, passou a reconhecer qualidades nos sertanejos e a encarar a guerra como um crime, que denunciou em sua obra-prima.O sucesso de Os sertões, publicado em 1902, rendeu a indicação de Euclides para a Academia Brasileira de Letras, onde tomou posse em setembro de 1903. Naquele ano, passou a interessar-se pelo conflito entre Brasil e Peru por conta da exploração da borracha na Amazônia. Escreveu muitos artigos sobre o assunto, até ser chamado para presidir a Comissão de Demarcação do Alto Purus, um rio no estado do Acre. Euclides passou quase um ano na Amazônia, escrevendo vários artigos sobre a região, entre eles os que denunciam a exploração dos seringueiros que viviam às margens do Purus. Esses textos estão reunidos no livro póstumo À margem da história.Como a obra de Euclides é multidisciplinar, a Rádio Senado ouviu profissionais de várias áreas: literatura, sociologia, antropologia e história, entre outras. O resultado da pesquisa e das entrevistas estão na reportagem especial “Euclides da Cunha: o escritor que desvendou o Brasil”, que vai ao ar neste fm de semana.

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