Maioria da população nunca fez curso profissionalizante

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caminhada_trabalhador_manhuacu2Falta qualificação aos brasileiros, de acordo com estudo divulgado hoje pelo IBGE, 72,4% da população economicamente ativa nunca frequentaram um curso de qualificação profissional. O levantamento foi feito com dados da Pnad de 2007. Naquele ano, havia 71,5 milhões de pessoas nesta condição. Entre os desempregados, 5,3 milhões nunca passaram por um curso de educação profissional. A educação profissional, que engloba os cursos voltados para a formação e aperfeiçoamento de trabalhadores, fica muito alem dodesejado, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgado na manhã desta sexta-feira pelo IBGE. Segundo o levantamento, da população economicamente ativa, 72,4% afirmaram nunca ter frequentado uma sala de aula desta modalidade de ensino. Em números absolutos, havia, em 2007, 71,5 milhões de pessoas nesta condição. Entre os desempregados, havia 5,3 milhões de pessoas que nunca passaram por um curso de educação profissional (66,4%). Os números mostram ainda que o poder público tem a menor parcela de contribuição nesta modalidade de ensino. Apenas 22,4% do total de alunos de educação profissional estavam matriculados em instituições públicas. Instituições consideradas na amostra de ensino particular (ONGs, escolas privadas, sindicatos etc) ficaram com 53,1%. Já as vinculadas ao Sistema “S” (Sesi, Senac, Sebrae, entre outros) ficaram com 20,6%. Entre os cursos de qualificação profissional, também conhecidos como cursos livres, pois em muitos casos não exigem escolarização prévia, a informática apareceu no topo, com 41,7% dos matriculados. Em seguida, estão as áreas de comércio e gestão (14%) e indústria e manutenção (11,2%). EJA: 13,5 milhões de analfabetos não frequentam cursos de alfabetização A pesquisa tomou como base estatística um universo de 399.964 pessoas em todos os estados. Os principais objetivos focados do levantamento foram a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Alfabetização de Jovens e Adultos e a Educação Profissional. Os números, captados em 2007, mostram que havia 13,5 milhões de brasileiros (9,5% da população) analfabetos acima de 15 anos de idade sem perspectiva de mudança : eles não frequentavam cursos para aprender a ler e escrever. Da estimativa de 14,1 milhões de analfabetos, apenas 547 mil frequentavam cursos de alfabetização (3,8%). Em números absolutos, a Bahia aparece com maior número de analfabetos que não estavam matriculados: 1,8 milhões de pessoas. Em seguida, vem São Paulo, com 1,4 milhão. O Rio de Janeiro aparece em décimo lugar, com 517 mil. Entre os estados que estão correndo atrás do prejuízo, o destaque foi para o Amazonas: 19,3% da população analfabeta acima de 15 anos estava em salas de aula de alfabetização. O segundo lugar vem com menos da metade: Santa Catarina, com 9,7%. O Rio ocupa a quarta posição, com 4,6%. Já entre os que têm menor porcentagem de pessoas que não sabem ler nem escrever nas salas de aula estão Roraima, Rondônia e Tocantins. Na EJA, a estimativa do IBGE é que dos 141,5 milhões de habitantes do Brasil acima de 15 anos, 10,8 milhões (7,7%) estavam fazendo ou já haviam feito cursos da modalidade em 2007, sendo que 2,9 milhões (2%) estavam frequentando as salas de aula no momento da coleta da amostra. Roraima foi o estado que registrou maior quantidade de pessoas que estavam ou já haviam passado pelo EJA: 16%. O pior foi Alagoas, com 3,8%. Com mais pessoas frequentando no momento da coleta da amostra apareceu o Acre (4,6%). O pior foi Mato Grosso (1,4%), com Alagoas aparecendo em antepenúltimo (1,7%).

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