Visitas guiadas marcam os 100 anos do Teatro Municipal

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História, grandiosidade e beleza...
História, grandiosidade e beleza...

Mais de 300 operários trabalham para entregar o Teatro Municipal do Rio de Janeiro restaurado. Muito maior, porém, é número de artistas e técnicos que contribuíram para a tradição da casa, que hoje (14) completa 100 anos.

Por causa de um pequeno atraso, a reforma só deve ser concluída em novembro. Por isso, parte das comemorações do centenário é realizada do lado de fora do teatro, na praça da Cinelândia, no centro. No local, foi montada uma tenda com capacidade para 1,1 mil pessoas. Para garantir bons lugares desde cedo, muitas delas se aglomeram em uma longa fila.

A programação começou às 10h com apresentações musicais. Por volta das 14h, entrou em cena o ballet, que vai encenar trechos de o Quebra-Nozes, O Corsário e Coppélia, trazendo as principais estrelas da casa, como a bailarina Ana Botafogo.

Do lado de dentro, embora os andaimes ocupem boa parte do espaço, o público pode conferir o andamento da reforma – a quarta, desde a inauguração da casa. A cabeleira Iraci Gonçalves conta que realizou um sonho ao conhecer o teatro por dentro. “Sempre passo aqui e vejo por fora.”

“Adorei tudo o que vi. Tem uns lustres antigos, que vieram de fora [do país], as pinturas de bailarinas na entrada. É emocionante”, completou.

Até o início da tarde, mais de 1,5 mil pessoas participaram das visitas guiadas e a fila ainda estava dando voltas no teatro.

No passeio, os visitantes têm que usar capacetes por conta da obra, que está dando o ar original ao teatro, inspirado na Ópera de Paris. No trajeto, uma pintura recém-descoberta de Eliseu Visconti, além de pinturas e esculturas do início do século 20.

Para recuperar as peças e a fachada original, o superintende do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), Carlos Fernando de Andrade, que supervisiona a restauração, disse que estão trabalhando técnicos renomados. “Além de brasileiros, ingleses estão atentos às reformas de máquinas, italianos cuidam do mármore e argentinos das telas”.

“O teatro estava abandonado há décadas. Toda a cobertura de cobre, por exemplo, é nova. As abóbadas e os vitrais foram refeitos, os mármores da fachada estão sendo limpos. A parte de infraestrutura sanitária dos banheiros, de eletricidade, que estava uma calamidade, está tudo sendo refeita. Enfim, é um teatro novo”, comentou Andrade.

Para marcar o fim das comemorações dos 100 anos, às 20h, o coro, o ballet e a orquestra sinfônica, regida pelo maestro Roberto Minczuk, apresentam-se juntos.

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