Rebelo considera natural orçamentos mais altos para obras da Copa

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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse hoje (5), em São Paulo, que é natural que os orçamentos das obras para a Copa do Mundo estejam agora em um patamar mais elevado do que inicialmente previsto pelo governo. “Quando se faz um orçamento e vai executar aquilo que se orçou há três anos, percebe-se o impacto das mudanças na economia, dos preços (das matérias-primas), do preço da mão de obra”, disse o ministro.

Apesar disso, o ministro ressaltou que é preciso reforçar a fiscalização sobre os orçamentos para evitar distorções. “O que tem que ser feito é que esses orçamentos sejam elaborados, discutidos e deliberados com o máximo de controle público e dos órgãos de Estado encarregados dessa função”, disse.

O ministro se reuniu com diretores da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), em São Paulo. Eles discutiram a criação de um termo de cooperação entre o Ministério do Esporte e a federação para a fiscalização e acompanhamento das obras para a Copa do Mundo.

“É um termo de cooperação no qual o sindicato, por meio de seus engenheiros, pode trabalhar no sentido de fiscalizar e acompanhar as obras e as questões técnicas que envolvem a Copa do Mundo e também as Olimpíadas”, disse Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da FNE. A previsão, segundo ele, é que esse termo seja assinado no começo do próximo ano.

Durante a reunião, o ministro também falou que as eleições do próximo ano não deverão atrapalhar o andamento das obras para a Copa do Mundo. “As eleições não atrapalham em nada. O que sempre atrapalhou no mundo é a falta de eleição. Não creio que a eleição vá atrapalhar o calendário e os compromissos e as coisas que vamos fazer na Copa. A Copa do Mundo é uma aspiração de todas as pessoas; ninguém quer que a Copa dê errado”, disse.

Rebelo voltou a declarar que o Brasil está se preparando adequadamente para a Copa do Mundo. “Se o Brasil precisasse fazer a Copa do Mundo daqui a dois meses, nós a faríamos. Não nas mesmas condições ou no mesmo conforto que faremos daqui a três anos, mas nós a faríamos”, disse o ministro.

De acordo com ele, dos 12 estádios previstos para a realização da Copa, apenas o estádio do Sport Club Internacional de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, causa preocupação. “Todos, com exceção do Rio Grande do Sul, estão com as obras em dia, com o cronograma em dia, um deles até um pouco adiantado, como é o caso do [estádio] Castelão, no Ceará”, disse.

Sobre o Beira-Rio, o estádio do Inter, o ministro disse que existe uma divergência entre os conselheiros do clube para a construção da arena, mas, segundo ele, caso esse problema não seja solucionado, há uma outra alternativa sendo estudada. “De qualquer maneira, em Porto Alegre há outro estádio sendo construído, que é o estádio do Grêmio. Então creio que não haverá problema também no Rio Grande do Sul”.

Agência Brasil

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