21 metralhadoras calibre .50 furtadas do Exército de SP podem derrubar aviões

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Por Devair G. Oliveira
Segundo especialistas em armamentos a metralhadora .50 tem capacidade de disparar 600 tiros por minuto e atingem alvos a 6 km, o especialista explicou o funcionamento das 13 metralhadoras calibre .50 e das oito metralhadoras calibre 7,62 que despareceram do Arsenal de Guerra da cidade de São Paulo.

Dos 480 militares aquartelados no quartel o Exército liberou 320 que estavam impedidos de sair do quartel em SP após furto de 21 metralhadoras; 160 seguem dentro do quartel o Exército mantém outros militares retidos, que representam quase 1/3 da tropa, para serem ouvidos na investigação interna que tenta localizar e recuperar as 13 metralhadoras calibre .50, e oito metralhadoras calibre 7,62 que despareceram no último dia 10 de outubro do Arsenal de Guerra de Barueri, na Grande São Paulo.

As 21 metralhadoras de guerra furtadas do quartel do Exército podem derrubar aeronaves, perfurar veículos blindados, disparar 600 tiros por minuto, em média, e são capazes de atingir alvos entre 2,5 quilômetros e 6 quilômetros de distância.

Segundo dizem, essas armas furtadas podem representar risco à população se caírem nas mãos do crime organizado.

Cerca de 480 militares de todas as patentes completaram na terça-feira (16) uma semana impedidos de deixar o quartel onde trabalham depois que as metralhadoras desapareceram do Arsenal de Guerra de Barueri. A corporação alega que está ouvindo a tropa para tentar descobrir onde as armas foram parar. Trinta e cinco militares já prestaram depoimentos.

Na quarta (17), houve uma redução dos militares aquartelados para cerca de 160 e cerca de 320 voltaram para casa.

O furto do armamento foi notado na última terça-feira (10), quando a corporação realizou uma vistoria interna no Arsenal de Guerra em Barueri e detectou uma discrepância no número de metralhadoras.

Desde então, soldados, cabos, sargentos, tenentes, capitães, majores e coronéis estão “aquartelados” por determinação dos superiores hierárquicos. Seus celulares foram confiscados para não se comunicarem com parentes. O contato com eles está sendo feito por meio de um representante do Exército.

Nos últimos dias, familiares têm ido até a frente da base pedir informações sobre os militares retidos. Apesar de o Exército informar que nenhum deles está detido ou preso, ninguém pode ir para casa. A corporação informou que a medida é necessária para tentar localizar e recuperar o armamento.

O caso está sendo investigado exclusivamente pelo Exército. O Comando Militar do Sudeste (CMSE), na capital de São Paulo, e o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), em Brasília, enviaram comitivas para apurar o extravio do arsenal.

Ainda não se sabe se o furto das metralhadoras ocorreu por alguma falha da segurança do Arsenal de Guerra ou se algum militar pode estar envolvido no crime.

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