A carta das Forças Armadas sobre as manifestações

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Cúpula militar ressaltou os ‘valores e tradições’ das Forças, ‘sempre presentes e moderadoras’, para assegurar a estabilidade

Comandantes das três Forças se pronunciaram pela primeira vez, desde o início das manifestações | Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Nesta sexta-feira, 11, os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica divulgaram uma nota pública na qual defendem a garantia de manifestações pacíficas e condenam “restrições a direitos por parte de agentes públicos” e “excessos cometidos” em atos pelo país — “que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública”. O documento, direcionado “às instituições e ao povo brasileiro”, é um claro recado ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral.

No documento, a cúpula militar ressaltou os “valores e as tradições” das Forças, “sempre presentes e moderadoras”, para assegurar “compromisso irrestrito e inabalável” com “a democracia e com a harmonia política e social”.

Adiante, as Forças ressaltaram “a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo”: “Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade”.

Sem citar nomes, a carta afirma que o papel das Forças Armadas é essencialmente assegurar o que a Constituição prevê, incluindo liberdade de pensamento, de reunião e o direito de ir e vir. Sobre o Legislativo, o texto diz que a Casa do Povo é o destinatário natural dos anseios e pleitos da população, “em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade”.

Trata-se da primeira vez que os militares se pronunciam, desde o início das manifestações que se opõem a Lula. A carta é assinada pelos comandantes Almir Garnier Santos (Marinha), Marco Antonio Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica).

 

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