Cada pessoa no Brasil gerou 64 quilos de resíduos plásticos em 2022

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Trabalhos de limpeza do Rio Manhuaçu, realizados pela equipe do SAMAL nas imediações das Ruas Desembargador Alonso Starling e Juventino Nunes. Governo de Cici Magalhães.

Por Devair G. Oliveira
Este é um problema que as autoridades têm que resolver, há algumas localidades em que o poder público alinhado à sociedade conseguiu diminuir o descarte de plásticos. O problema poderia ter diminuído bastante, se tivesse uma legislação mais adequada e exigir das grandes empresas que entre na luta.

Veja os motivos que têm levado, cada dia mais, grandes corporações a firmarem compromissos com a causa e as consequências do uso indiscriminado de plástico no meio ambiente. Constantemente são anunciados novos dados e pesquisas a respeito dos problemas relacionados ao descarte de lixo plástico no meio ambiente. Diante da questão, consumidores e investidores têm pressionado as grandes empresas a firmarem compromissos que visam reduzir e reutilizar o material.

E isso tem dado resultados positivos onde as medidas são tomadas, nos últimos 12 meses, houve um aumento substancial nas ações promovidas por companhias do mundo inteiro para amenizar os impactos causados pelo uso indiscriminado de plástico em suas produções.

Para se ter ideia, uma pesquisa realizada pela GFK, empresa alemã de estudos de mercado, revelou que 76% dos consumidores esperam que as marcas sejam comprometidas ecologicamente. Além disso, 28% dos cidadãos globais exigem que as empresas tenham obrigações morais de respeitar o meio ambiente.

Dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022 mostram que a geração de resíduos plásticos nas cidades brasileiras foi de 13,7 milhões de toneladas em 2022, ou 64 quilos por pessoa no ano. A publicação, divulgada hoje (21), é elaborada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). 

De acordo com a pesquisa, o resíduo plástico é o tipo de poluente mais encontrado nos corpos hídricos do planeta: corresponde a 48,5% dos materiais que vazam para os mares. “Os dados mais recentes mostram que cerca de 22 milhões de toneladas de plásticos vazam para o meio ambiente a cada ano em todo o mundo, e uma parte considerável desses materiais tem os oceanos como destino”, destaca o presidente da Abrelpe e presidente da International Solid Waste Association, Carlos Silva Filho.

No Brasil, segundo a Abrelpe, mais de 3 milhões de toneladas de resíduos sólidos vão parar nos rios e mares todos os anos, quantidade suficiente para cobrir mais de 7 mil campos de futebol. “A melhor solução para o problema do lixo no mar reside justamente no aperfeiçoamento dos sistemas e infraestruturas de limpeza urbana nas cidades, que deve ocorrer com programas permanentes de educação ambiental implementados em todas as camadas da população”, diz Silva Filho.

Pode ser produtivo examinar os municípios do interior do país e as redes de rios para saber de onde vêm as garrafas plásticas, embalagens de xampus, cotonetes, sacolas, copos e talheres descartáveis, partes de caixas de isopor e outros materiais plásticos que chegam à costa brasileira e poluem o mar. Segundo pesquisa cada brasileiro descarta em média 16 quilogramas de materiais plásticos por ano, e muitos deles podem chegar ao mar.

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