Clube Militar chama “sócios e amigos” para manifestação de 7 de setembro

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Sede do Clube Militar no Rio de Janeiro

Reprodução

Um dos porta-vozes do conservadorismo no país, o Clube Militar do Rio de Janeiro está convocando “sócios e amigos” para a manifestação política em favor de Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal, organizada por apoiadores do presidente da República para o próximo dia 7.

O convite foi publicado na página do Clube Militar na internet e em suas redes sociais.

“O Clube Militar, no momento em que conclama sócios e amigos a prestigiaram esse movimento, declara, mais uma vez, seu apoio tradicional às grandes causas nacionais e democráticas! Estejamos juntos no feriado de 7 de setembro, dia da Independência, às 10h, na praia de Copacabana, altura do posto 5 (Av. Atlântica, em frente ao nº 3370, próximo à esquina da Rua Miguel Lemos).”

Segundo a página, o evento é organizado pela União dos Movimentos Conservadores RJ.
“Pela liberdade, pela democracia, ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil… independência ou morte”, diz o texto publicado sobre a imagem do convite. O Clube Militar é conhecido por negar a ditadura militar implantada no Brasil entre 1964 e 1985.

Jair Bolsonaro já disse que vai participar do ato. Ele pretende acompanhar as manifestações em Brasília, pela manhã, e em São Paulo, à tarde. Os tradicionais desfiles militares foram cancelados na capital federal, pelo segundo ano consecutivo, em decorrência da pandemia.

Na sexta, o Supremo Tribunal Federal abriu investigação e determinou a realização de buscas e apreensões contra o cantor Sérgio Reis, o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) e outras oito pessoas. Segundo a Procuradoria-Geral da República e o ministro Alexandre de Moraes, os aliados do presidente ameaçam a democracia e prometem “quebrar tudo” e “tirar os ministros” do Supremo “na marra”.

O clima ficou mais tenso para o ato depois que o presidente apresentou um pedido de impeachment, também na última sexta, contra Alexandre de Moraes. O próprio Supremo, líderes do Congresso, entidades representativas da magistratura e ex-ministros da Justiça condenaram a atitude do presidente. A crise institucional precipitou a antecipação da reunião do Fórum dos Governadores para esta segunda-feira.

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