O volume de crédito oferecido pelos bancos cresceu 1,8% em setembro deste ano, chegando à marca inédita de R$ 1,61 trilhão, informou nesta terça-feira (26) o Banco Central. Em agosto, o crédito dos bancos somavam R$ 1,58 trilhão. Na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), avançou para 46,7%, novo recorde histórico.
“As operações de crédito do sistema financeiro, em setembro, mantiveram consistente trajetória de expansão. A evolução dos empréstimos, em linha com os gastos referentes a investimento e consumo, segue impulsionada pela demanda intensa em modalidades específicas, como o crédito habitacional, os financiamentos do BNDES, as operações para aquisição de veículos e o crédito consignado”, informou o BC.
Segundo dados do Banco Central, o crédito para o setor habitacional, quer seja para as empresas ou para os financiamentos imobiliários de pessoas físicas, avançaram 4,3% no mês passado, ou seja, acima da média de 1,8% de expansão registrada no período. No fim de setembro, o crédito para pessoa física chegou a R$ 120 bilhões, com elevação de 3,9% no mês, enquanto que os empréstimos para as empresas do setor cresceram 5,2%, para R$ 45 bilhões.
Ao mesmo tempo, o volume do crédito pessoal para as pessoas físicas também continou avançando em setembro, quando subiu 1,7%, para R$ 217 bilhões. Já os empréstimos com desconto em folha de pagamento (o chamado crédito consignado) registraram expansão de 1,8%, para R$ 131 bilhões. A participação do consignado no crédito pessoal permaneceu em 60%. A diferença é que, com desconto em folha de pagamento, os juros são mais baixos. Em setembro, os juros do consignado somaram 26% ao ano, contra 41,6% ao ano do crédito pessoal.
Segundo o Banco Central, os empréstimos dos bancos destinados a pessoas físicas, acompanhando a “maior demanda das modalidades de financiamentos para aquisição de veículos e crédito pessoal”, cresceram 1,4% em setembro, totalizando R$ 527,9 bilhões. Já para as empresas, o volume de crédito dos bancos subiu 2,2% no mês passado, para R$ 533 bilhões.
As operações de crédito com recursos direcionados (BNDES, crédito rural e habitação) somaram R$ 551 bilhões, expandindo-se 1,7% no mês. “O dinamismo desse segmento permanece condicionado pelo comportamento dos financiamentos habitacionais, saldo de R$118,8 bilhões e expansão mensal de 3,6%, e das operações realizadas com o BNDES, volume de R$338,1 bilhões e incremento de 0,9% no mês”, informou o BC.