Emprego na indústria tem queda de 0,2% em junho

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Após ficar estável por três meses, o emprego industrial caiu 0,2% em junho na comparação com maio. Estudo divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a média do trimestre encerrado em junho ficou negativa em 0,1%. Esse foi o primeiro resultado negativo desde julho de 2009 (-0,1%).

Na comparação com o primeiro trimestre do ano, a taxa de ocupação na indústria repetiu, no segundo trimestre, o resultado do primeiro (0%), após sete trimestres seguidos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 5,7%.

Ainda segundo o IBGE, em junho, o emprego industrial avançou 0,7% ante o mesmo período de 2010 e foi a 17ª taxa positiva consecutiva nessa comparação, embora a menos intensa da sequência.

A taxa de emprego acumulada nos últimos 12 meses continua em alta (3,1%), mas numa trajetória de redução no ritmo de crescimento, iniciada em fevereiro (3,9%).

A redução no ritmo das contratações entre o primeiro (2,6%) e o segundo trimestres de 2011 foi registrada em 14 setores e 12 locais, com destaques para produtos de metal (de 8,2% no 1º tri para 3,4% no 2º tri), têxtil (de 3,2% para -1,4%), calçados e couro (de -0,2% para -3,7%), máquinas e equipamentos (de 6,4% para 3,8%), borracha e plástico (de 3,8% para 0,7%), minerais não metálicos (de 4,1% para 1,9%) e madeira (de -5,6% para -9,9%).

Os locais que mais contribuíram para a queda global foram Santa Catarina (de 2,7% para 0,4%), São Paulo (de 1,4% para -0,9%), regiões Norte e Centro-Oeste (de 4,4% para 2,4%), Espírito Santo (de 1,0% para -1,0%) e Rio de Janeiro (de 3,0% para 1,3%).

A expansão de 0,7% em relação a junho de 2010 mostrou nove dos 14 locais e dez dos 18 setores investigados ampliando as contratações na indústria. São Paulo, com queda de 1,5%, teve a principal pressão negativa no resultado total. As principais contribuições positivas para o resultado vieram do Paraná (6,4%), Rio Grande do Sul (2,5%), de Minas Gerais (2,1%), da Região Nordeste (1,7%) e das regiões Norte e Centro-Oeste (2,2).

Em junho de 2011, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 0,6%, após recuo de 0,3% em março, de 0,5% em abril e 0,1% em maio. Na comparação com junho de 2010, o número de horas pagas ficou estável (0%), após 16 taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação. O acumulado no primeiro semestre do ano cresceu 1,6%, desacelerando, porém, o ritmo de crescimento ante os meses anteriores. A taxa acumulada nos últimos 12 meses registrou aumento de 3,1% em junho, mas também vem apontando avanços menos intensos desde fevereiro (4,5%).

 

Agência Brasil

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