Governo reduz IPI de carros

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Ministro Guido Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (21) um pacote de medidas para estimular o crédito no país. Entre elas, está a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para compra de carros, além da diminuição do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para todas as operações de crédito de pessoas físicas de 2,5% para 1,5% ao ano. A redução do IPI vale até o fim de agosto, e do IOF não tem prazo definido.

Crise financeira internacional

Com o agravamento da crise internacional o governo deseja estimular a atividade econômica. “Estamos diante do agravamento da crise financeira internacional. E isto está trazendo problemas para os emergentes como um todo. Exige esforços redobrados para manter a taxa de crescimento em um patama razoável (…) O governo tem de tomar medidas de estímulo para combater as consequências dos problemas trazidos pela crise financeira internacional”, explicou Mantega. Segundo ele, a renúncia fiscal das medidas anunciadas hoje (valor que o governo deixará de arrecadar) é de R$ 2,1 bilhões.

De acordo com o Banco Central, o nível de atividade econômica do país registrou queda pelo terceiro mês seguido, de 0,35%, em março deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br, que é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monetária, fechou o primeiro trimestre de 2012 com alta de 0,15% ante o trimestre anterior.

IPI de automóveis

Para a aquisição de automóveis, o governo informou que as empresas que estão instaladas no Brasil terão seu IPI para carros de até mil cilindradas (1.0) será reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Para carros importados, a alíquota cairá de 37% para 30%, informou o ministro.

Para veículos de mil cilindradas (1.0) a duas mil cilindradas (2.0), a alíquota para carros a álcool e “flex” (álcool e gasolina), a alíquota, para empresas instaladas no Brasil, será reduzida de 11% para 6,5%. Para os carros importados, a alíquota será reduzida de 41% para 35,5%. Já para utilitários, a alíquota será reduzida de 4% para 1% (empresas instaladas no país) e para carros importados cairá de 34% para 31%.

Dados do Banco Central, mostra que em abril, a inadimplência para compra de veículos, que registra atrasos superiores a 90 dias, atingiu a marca de 5,7%, o maior valor de toda a série histórica, que começa em junho de 2000. Em fevereiro deste ano, a inadimplência destas operações estava em 5,5%.

Compulsórios para carros e redução do IOF

Além de baixar o IPI para compra de veículos, e de reduzir do IOF sobre todas as operações de crédito para pessoas físicas, o governo também anunciou a liberação de parte dos depósitos compulsórios (recursos que têm de ficar retidos no BC, para controlar a inflação) para estimular o crédito para a aquisição de veículos.

“Para o setor automotivo, estamos implementando as medidas financeiras. Os bancos privados e públicos se comprometeram em aumentar o volume de crédito; aumentar o número de parcelas. O financiamento terá mais parcelas, e também se comprometeram em reduzir a entrada para aquisição do bem, além de realizar redução do custo financeiro, ou dos juros do empréstimo. O BC vai liberar compulsório para viabilizar um volume maior de crédito nessas atividades e para reduzir o custo do crédito. Vai reduzir o compulsório para esta carteira de financiamento, para aumentar o volume do crédito e baixar o custo”, declarou Mantega.

Uma pergunta que muitos estão fazendo,  como ficará as pessoas que compraram veículos com taxas elevadas, poderão renegociar as dívidas?

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