Mulheres ajudam a erguer o novo Mineirão

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 Dos cerca de 900 operários que trabalham para erguer o novo Mineirão, mais de 100 são mulheres. Um número expressivo, que já está fazendo a diferença na produção do canteiro de obras. Mais atenciosas, cuidadosas e detalhistas, elas ganham espaço na construção civil e dão charme para o ambiente frequentado em sua maioria por homens.

Para Ricardo Barra, diretor-presidente do consórcio Minas Arena, responsável pela reforma, as mulheres têm papel fundamental em obras desse porte. “Geralmente, elas ocupam funções de supervisão. Além de serem muito respeitadas pelos homens, elas são bem caprichosas. O resultado do trabalho é sempre satisfatório”, conta.

A mão de obra feminina está presente principalmente no setor de perfuração de tubulões – tipo de fundação que consiste em um poço escavado revestido de concreto armado – onde as supervisoras fiscalizam o trabalho dos escavadores e armadores.

“Checamos se eles estão usando os EPIs (equipamentos de proteção individual) corretamente, se existe algum risco na atividade, enfim, estamos atentas para manter a produtividade com o máximo de segurança”, explica Sabrina Fidélis de Deus. Ela começou a trabalhar há um mês e já pensa em crescer profissionalmente. “Estou me esforçando para aprender outras atividades e ser mais útil na reforma do estádio”, diz.

Renata dos Santos, mineira, trabalhava em um escritório em Fortaleza e voltou para BH imediatamente, quando soube que tinha uma vaga na obra. Ela fiscaliza e mensura o serviço dos operadores no canteiro de obras, produzindo informações para a Gerência de Contratos e de Planejamento.

“No começo, assustei um pouco, mas fui me adaptando dia após dia. Nunca havia trabalhado no setor de construção civil, então tenho muito a aprender”, comenta a apontadora. Sem perder a vaidade, Renata revela que na obra “não usa maquiagem, somente protetor solar e brilho labial”. Ela confessa ainda que está ansiosa pela conclusão do estádio: “Eu amo o Mineirão. Não vejo a hora de chegar dezembro de 2012”.

Quando as dúvidas surgem, Sirlei Souza do Carmo, que também é apontadora, tem toda a paciência para auxiliar as novatas. Com quatro anos de experiência em construção civil, ela já passou por várias funções até chegar aonde está. “Já fui servente, armadora e feitora. Hoje fiscalizo serviços de carpintaria, armação e demolição”.

Sirlei dá um conselho para as mulheres que pretendem começar no ramo: “primeiramente, tem que ter muito respeito para ser respeitada. Tem que saber conversar. Simpatia sempre é bem-vinda”.

 

Agência Minas

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