O pesadelo do desemprego em grande escala

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Economia e Infra-Estrutura
Escrito por Gabriela Guerra Rey
Sex, 13 de fevereiro de 2009
Crise
Havana, 10 fev. (PL) – A cada dia o anuncio de dispensas maciças alarma entidades como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a qual prognostica que a cifra de parados no orbe pode ascender em 2009 a 51 milhões.

Pesadelo global se tornou o anuncio de cortes em grandes companhías, em seu afã por contra-arrestar os efeitos da crise financeira e econômica em escala planetaria, reduzir os custos e manter a competitividade no mercado.

Esta terça-feira, o principal banco suíço, o UBS, comunicou oficialmente perdas de 16 bilhões 770 milhões de dólares, acompanhadas da supressão iminente de dois mil empregos a mais.

Já em outubro passado esta entidade financeira se viu golpeada pelas turbulencias crediticias e próxima da quebra foi resgata pelo Banco Nacional do País. Também nesse então houve que reduzir os postos para enfrentar a conjuntura.

Por sua parte, o gigante estadunidense General Motors chega com o anuncio de uma redução de 10 mil empregos, dos quais dois mil ocorrerão durante os próximos dias e o resto a partir de maio.

Na fábrica de Lasing, Estados Unidos, mil 200 trabalhadores deverão abandonar seus trabalhos para fins de março com a eliminação de turnos.

Outros 800 postos serão excluídos na fábrica da localidade de Lordstown (Ohio), onde se produzem os automóveis Chevrolet Cobalt e Pontiac G5.

Do mesmo modo, cessará a produção temporariamente em 10 fábricas dessa nação nos meses seguintes como resposta à queda nas vendas, esclareceu o grupo.

No princípio da semana, também a automobilística japonesa Nissan informou a supressão de 20 mil empregos em todo o mundo, ademais de um plano de austeridade para fazer frente à crise.

A medida responde às perdas que registrará o terceiro grupo automotriz nipônico no exercicio atual.

Esta será a primeira vez que as contas ficam no vermelho desde 1999, quando essa firma escapou da bancarrota resgatada pela francesa Renault, advertiu o agora presidente de ambas as companhias Carlos Ghosn.

Este disse que as dispensas ocorrerão no exercicio 2009-2010, que começa em 1 de abril, e começará nos países onde a mão de obra é mais cara.

Os contratos temporários não serão renovados e se aplicarão os planos de jubilação anunciados com anterioridade, destacou.

Milhares de dispensas já haviam sido advertidas pela firma nos últimos meses na Espanha, na Grã Bretanha, nos Estados Unidos e no proprio Japão.

No principio deste mês já se prenunciava a debacle generalizada no setor laboral, quando uma linha aerea, uma metalúrgica e uma financeira anunciaram cortes de mais de 11 mil postos.

Então os titulares declararam que uma vez mais três empresas do primeiro nível mundial anunciaram redução de plantel devido a perdas em suas finanças impulsionadas pela depressão.

Elas foram a linha aérea escandinava SAS, o banco norte-americano PNC Financial Services Group Inc e o fabricante finlandês de aço inoxidável Outokumpu Oyj.
Estas são apenas as noticias dos últimos dias, após meses em que a área do emprego vê agravar-se todo dia a sua situação.

As principais economias da Europa como França, Alemanha e Grã Bretanha não ficam de fora, com índices poucas vezes registrados.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, esta área se converte no principal ponto da agenda do presidente Barack Obama, e ainda que alguns expertos considerem que é mais do que isso, este é o seu maior pesadelo.

Projeções da OIT mostram que a crise deixará ao redor de 25 milhões de pessoas na rua durante o ano em curso; sem embargo, especialistas se alarmam com o incremento constante e consideram que se possa exceder essa cifra, com os consequentes males sociais que acarreta.

Para a América Latina e o Caribe as dispensas em 2009 rondarão as 500 mil, no velho continente devem crescer a três milhões e meio, ao passo que no gigante nortenho, onde se originou a crise, já superam os quatro milhões.

Fonte: Prensa Latina

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