Copa do mundo e a política brasileira

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A copa está indo para a segunda fase com muitas surpresas, a saída prematura da Itália e Portugal derrubou o bolão de muita gente. A copa é o maior evento esportivo do mundo e sendo realizado aqui no Brasil em um ano eleitoral, não deixou se ter sua análise ligando o evento às eleições. É interessante notar certas atitudes que só entendemos por ser um período de eleições, Dilma foi vaiada no Itaquerão na estreia do mundial, com isso, outros apaixonados pelo futebol não deram a cara nos estádios, mesmo tendo a disposição ingressos e Tribuna de Honra, vamos ver se Dilma voltará aos estádios.

Até o momento Lula e Aécio não apareceram, dizem que é medo das vaias. Antes de entrar propriamente em nosso assunto principal, queremos registrar que o nosso país está sendo elogiado no mundo inteiro pelo sucesso da copa no Brasil, tudo funciona perfeitamente, e o povo brasileiro dá show de hospitalidade. Em relação a política, os candidatos se puderem vão tirar proveito da situação, tenho certeza que o governo Dilma se pudesse voltar no tempo faria diferente muitas coisas que não avaliaram e que está contribuindo para a queda nas pesquisas da Presidenta Dilma Rousseff, candidata a reeleição, o crescimento de Aécio Neves, conjugado com a participação de Eduardo Campos e Marina Silva, deixa um cenário claro desenhando o 2º turno, e ocorrendo o que aponta as pesquisas, a campanha da Dilma não vai ser fácil como os petistas imaginavam.

Faltando pouco mais de três meses para as eleições e com tendência de mais quedas, Dilma só ganha no 1º turno se Aécio desistir e Campos e Marina não agradarem aos eleitores, é bom o pessoal do PSB, não ficar acreditando que Marina da Silva, sua candidata a vice, vai puxar os votos que conquistou na eleição passada, quando chegou a 20 milhões.

Cada eleição é uma história, na ocasião, Marina representava o novo e vinha de uma dissidência do próprio PT, onde contava com uma militância própria e defendia, e que ainda hoje defende um projeto voltado para a preservação do meio-ambiente, seu primeiro e único discurso.

Marina da Silva na eleição passada carregava uma boa militância dissidente do PT e de outros eleitores de oposição ao Partido dos Trabalhadores, e que estavam querendo uma renovação. Agora, hoje o processo é outro.

A presidente Dilma vem despencando nas pesquisas, o candidato do PSDB Aécio Neves aumentando seu índice de aceitação, e dessa vez há uma terceira via despontando, a candidatura de Eduardo Campos e Marina, que vão garantir o 2º turno. É difícil ganhar, mais atrapalha os planos do governo em relação à conquista do voto para vencer no 1º turno. Como no 2º turno, todos os candidatos e partidos de oposição a Dilma Rousseff estarão juntos, a presidenta vive um momento ruim e, hoje, ninguém garante mais que a sua reeleição são favas contadas, a começar pela divisão na sua base de apoio, alguns partidos já abandonaram o barco e pularam para o lado de Aécio, até o maior partido da base de Dilma o PMDB está dividido, sem falar nos menores que também se dividiram apoiando Aécio.

Vamos torcer para que os militantes petistas aceitem a vontade popular, evitando o clima de terrorismo no país, sabemos que o PT é um partido bem organizado e há em suas fileiras um grupo, que quer ganhar a qualquer custo. Com certeza, os escândalos do mensalão, da Petrobras, da Eletrobrás e outros que devem estourar até as eleições, vão prejudicar a campanha da Dilma, mesmo que ela continue apostando nas muitas bolsas de assistencialismo distribuídas pelo governo.

Além disso, o que poderia influir no resultado da eleição se o Brasil perder a Copa? Dizem que a paixão deixam os homens cegos, infelizmente os brasileiros andam bastante desanimados com política, é normal hoje, encontrar milhares de estudantes em cidades polos universitários que não se manifestam, eles se acomodaram e aceitam pacificamente o descaso governamental, dos governos municipal, estadual e federal.

Com a Copa do Mundo em andamento não dá para pensar em outra coisa, a campanha começa mesmo para valer no mês de julho, mas só depois da copa. No momento só nos resta torcer pelo Brasil; mas é bom que fiquemos atentos pelas ações governamentais em tempo de euforia.

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