Nosso imperador D. Pedro II e os políticos de hoje

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A Monarquia tem suas vantagens e uma delas é preparar bem os herdeiros do trono para ocupar a direção da nação, no atual sistema qualquer cidadão em uma boa jogada de marketing, pode ser eleito presidente do Brasil sem que tenha terminado pelo menos o 2º grau. Nossa legislação peca muito neste quesito levando pessoas a ocupar cargos na política sem que tenha o mínimo de conhecimento até mesmo para fazer um concurso de serviçal em uma prefeitura. Os acontecimentos que marcam a história deveriam trazer aprendizado para os nossos legisladores para que nosso sistema fosse aperfeiçoado. Tenho uma admiração pela monarquia imagino que se o Brasil tivesse continuado no sistema monárquico talvez poderia estar melhor, pois a família real tem como tradição preparar bem os futuros reis e rainhas, o que no sistema presidencialista não há essa preocupação. Há males que vem para o bem, imaginamos por tudo que tem passado nossa nação, se não tivesse sido descoberto os crimes que culminou na Lava Jato, poderíamos tal vez chegar a um sistema sem voltas, são muitos os políticos da base do governo do PT envolvidos até o momento.

Lembrei-me um pouco da história em que fora deposto D. Pedro II no auge de sua maior popularidade e hoje Dilma na pior popularidade ligado ao partido que mais políticos existem cumprindo pena e ainda um montão de processos continua contra políticos do partido.

Sempre acreditei que o governo deve ser exercido por pessoas com experiência e bem preparadas para governar e que não se deslumbrem com o poder. O Brasil não teve uma boa colonização, vieram para a nossa terra criminosos e até mesmo os religiosos que eram mandados para o Brasil eram aqueles que cometiam alguns deslizes e como punição mandado para cá, mas quisera o destino que o nosso primeiro imperador fosse um homem muito bem preparado com o excessivo rigor no trato da coisa pública — a base do próprio conceito de república — foi uma das marcas do imperador, que ainda precocemente aos 14 anos assumiu o governo, mas nunca se deixou tomar pelo gosto do poder e das benesses que sua posição lhe garantiam. Muito pelo contrário. D. Pedro II levava uma vida austera num palácio desprovido de fausto e proibiu que lhe aumentassem o salário sequer uma única vez nos 49 anos de governo após a maioridade, em 1840, vendo sua dotação reduzir-se de 3% a 0,5% do Orçamento imperial ao fim de seu reinado. Além disso, pagava as suas viagens com seus próprios recursos e recusou a pensão que o governo da República lhe ofereceu após derrubá-lo em 1889, ficando em dificuldades financeiras em seus últimos anos, já velho e doente no exílio em Paris, onde morreu no modesto Hotel Bedford em 1891. E não ficava por aí o desprendimento do monarca em relação às verbas públicas, por cujo controle os políticos republicanos têm se digladiado desde 1889. Também do próprio bolso, financiou os estudos de 151 brasileiros — 41 deles para estudarem no exterior, com a obrigação de retornarem ao Brasil ao fim dos cursos. E, na forma de ajuda aos pobres, muitas vezes despendia mais de 10% de seus ganhos anuais, pode ser pouco, mas era de seu dinheiro, como define José Murilo.

Pedro II impôs com firmeza a abolição da escravidão apesar da oposição poderosa de interesses políticos e econômicos. Um erudito, o imperador estabeleceu uma reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, cultura e ciências. Ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Graham Bell, Charles Darwin, Victor Hugo e Friedrich Nietzsche, e foi amigo de Richard Wagner, Louis Pasteur, Jean-Martin Charcot, Henry Wadsworth Longfellow, dentre outros.

Como foi diferente dos políticos atuais, hoje o dinheiro da nação é empregado para cuidar da vida dos familiares, muitos ficaram ricos em apenas um a dois anos, isso para não falar da bolsa ditadura, das viagens de aero-Lula e o bolsa família com a nossa grana. D. Pedro ajudava com seu dinheiro e era voltado para educação enquanto que se gasta mais dinheiro com autopropaganda do que com educação. Mas o que se poderia esperar de um presidente que não estudou não se preparou?

O reinado de Pedro II veio a um final incomum — ele foi deposto apesar de altamente apreciado pelo povo e no auge de sua popularidade, e algumas de suas realizações logo foram desfeitas visto que o Brasil deslizou para um longo período de governos fracos, ditaduras e crises constitucionais e econômicas. Os homens que o exilaram logo começaram a enxergá-lo como um modelo para a república brasileira. Algumas décadas após sua morte, sua reputação foi restaurada e seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil como os de um herói nacional. Sua reputação perdura até o presente. Os historiadores o enxergam numa visão extremamente positiva, sendo considerado por vários o maior brasileiro.

A pressão para que o jovem de 15 anos D. Pedro II ascendesse ao poder após o período regencial com o Golpe da Maioridade marcou o início do governo mais longevo do Brasil, o Segundo Reinado. Esse período durou de 23 de julho de 1840 até 15 de novembro de 1889.

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