O Brasil na encruzilhada ideológica

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A eleição de 2014 será uma prova de fogo para a jovem democracia brasileira, o governo do PT durante o mandato do Lula, seguiu uma linha de esquerda não radical aceita pelo povo brasileiro. O início do mandato de Lula o país corria um sério risco de uma debandada geral de capital, deixando o país em uma situação muito difícil e até ingovernável, se não fosse a interferência de FHC avalizando o governo Lula e intermediando uma visita do então José Dirceu ao Estados Unidos para acertar a visita do então metalúrgico que iria assumir o destino do Brasil, a situação seria muito difícil, se não tivesse feito esse acordo com certeza Lula não teria tido sucesso.

Os bastidores da política é que revela a verdadeira história e o autor do livro Matias Spektor, “O embaixador José Dirceu” narra com precisão todos os passos do governo Lula depois do resultado das urnas. FHC foi o personagem decisivo nas negociações.

O livro revela que no dia 30 de outubro de 2002, Lula saiu da cama cedo porque não conseguia pregar o olho. “Uma onda vermelha toma conta do país”, repetia a cobertura dos telejornais. Com 53 milhões de votos, ele era o homem mais votado na história das democracias ocidentais depois do presidente americano Ronald Reagan.

A vitória estava consolidada, mas toda a liderança petista estava preocupada, certamente pensando que caminho tomar, colocar logo de início o projeto PT, seguindo o estatuto partidário, se Lula optasse por ouvir todos os lideres talvez fosse impossível tomar algumas decisões que fora tomada. Os bastidores da operação em que José Dirceu, com o apoio de FHC, articulou em 2002 a aproximação entre Lula e George W. Bush.

A embaixadora americana no Brasil Donna Hrinak, era a visita m,ais importante daquele dia, e Lula decidiu recebê-la sozinho, sem assessores e sem colegas do partido. “Quero trabalhar com os Estados Unidos”, disse ele, ao abrir a conversa. Aos 51 anos, Hrinak era jovem para o cargo que ocupava. Falava rápido, fazia piadas e tinha uma risada contagiante. Seu estilo era firme e direto, fora a primeira mulher no comando de uma embaixada dos Estados Unidos na América Latina. “Queremos trabalhar com seu governo também”, respondeu ela, em português fluente.

Assim foi um momento de desconfiança, onde a imprensa americana não dava trégua. O New York Times afirmara que a combinação entre o PT e o Partido Republicano de George W. Bush poderia ser “explosiva”. Naquela manhã, o editorial do Washington Post anunciava: “Há risco de uma década de reformas ser desfeita pelo tradicional populismo, contrário ao livre-comércio, do Sr. [Lula] da Silva e de seu Partido dos Trabalhadores”. Reclamando da imprensa americana, Lula disse. “Meu governo não será ideológico.” Avisou que jogaria duro na negociação da Área de Livre- Comércio das Américas (Alca), mas assegurou que o PT honraria os compromissos assumidos pelo governo de FHC. “Tenho uma excelente relação com o presidente Fernando Henrique Cardoso”, disse. Lula cumpriu em parte e foi bem no seu governo.

Ainda na conversa com a embaixadora disse Lula.“Muitos jornalistas fazem perguntas sobre minha relação com Fidel Castro”, disse a Hrinak. “Mas as pessoas não deveriam confundir nossa admiração de juventude pela Revolução Cubana com nossa posição sobre o regime cubano atual.” Com gravidade, ele arrematou: “Defendo a liberdade política e econômica para todos os povos. Hoje, em Cuba, não há liberdade”.

Lula encerrou a conversa tocando no tema mais delicado do momento: o Iraque. Escolheu suas palavras a dedo. “A postura belicista é negativa”, disse.

Só que hoje o PT continua governando, mas desvia sua política para Cuba, China e Venezuela, parece que estamos hoje em uma luta ideológica, e o Brasil teme que aconteça aqui alguma coisa parecida com o que aconteceu na Argentina. O povo votou no PT porque acreditava que ele ia acabar com a corrupção, qual foi a surpresa surge o mensalão e centenas de outros desacertos e muitos petistas envolvidos na corrupção. Não sou especialista neste assunto, mas penso que esta será a mais disputada de todas as eleições, na realidade não sabemos como será a reação do povo, porque a campanha vai ser de muitas mentiras e acusações de todos os lados, o povo mais esclarecido não está satisfeito com o caminho que nossa política está tomando. Há uma desaceleração na economia e a inflação dá sinais de crescimento. Tomara que nossos políticos tenha juízo para encaminhar o Brasil no caminho melhor para a economia e para o povo.

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